Quem passa pelas estradas de Ribeirão Branco, no interior paulista, tem se deparado com toneladas de tomates acumuladas na beira das rodovias. De acordo com o Sindicato Rural, o descarte é feito por conta da qualidade do fruto. Além disso, entra o fator financeiro, quanto menos tomates no mercado, mais caro o preço do produto, o que diminui o prejuízo do produtor.

“Isso é um procedimento normal porque tem tomate que pega bicho, é atacado por pragas, às vezes doenças, excesso de água. Esse tomate não serve para comércio, então é descartado e os produtores jogam na beira de estrada”, conta ao portal G1, o presidente do Sindicato Rural, Joel Meira.

“Agora existe época que tem uma superprodução, principalmente quando esquenta bastante ou amadurecem rápido, então acaba tendo uma produção acelerada um pouquinho maior e com essa produção maior, o preço cai e o produtor é obrigado jogar fora”, completa o presidente.

Por outro lado, o descarte dos frutos tem sido um fator positivo para o lavrador Nelson Souza de Araújo, o qual recolheu alguns tomates para usar como alimento para os animais.

“Aproveito, senão vão jogar em qualquer lugar e não fica dando mau cheiro em beira de estrada. Quando produz demais, eles colhem, não tem preço e jogam também”, diz.

Joel Meira também entende que a melhor solução para o produto poderia ser a doação, “seria um negócio interessante, mas é uma coisa particular das pessoas. Eu acho que seria legal a pessoa chegar e doar”, relata o presidente do sindicato.

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