BUENOS AIRES (Reuters) – Os agricultores argentinos venderam até a última semana 71,7% da soja da safra 2021/22, cuja produção foi de 44 milhões de toneladas, percentual abaixo do patamar de 73,1% registrado na mesma data da temporada anterior, informou o Ministério da Agricultura do país nesta terça-feira.

Entre 27 de outubro e 2 de novembro, os produtores da Argentina – um dos maiores exportadores mundiais da oleaginosa – venderam 247,9 mil toneladas de soja, enquanto no mesmo período da safra 20/21 foram vendidos 496,6 mil toneladas.

O volume foi registrado após a comercialização de 13,3 milhões de toneladas de soja em setembro, ante uma média histórica mensal de 4,4 milhões de toneladas, tendo em vista que foi aplicada uma taxa de câmbio preferencial para os agricultores que vendessem soja.

Em relação ao milho da safra 21/22, 70% dos 59 milhões de toneladas colhidos foram vendidos, segundo o Ministério da Agricultura. Esse volume está abaixo dos 72,1% que haviam sido vendidos no mesmo período do ciclo anterior.

O plantio de milho para a nova safra 2022/23 começou em setembro na Argentina, terceiro maior exportador mundial do cereal, embora sua implementação tenha sido adiada por uma seca prolongada que levou à menor área plantada em seis anos, segundo a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR).

Em relação ao trigo, até a semana passada foram vendidos 5,6 milhões de toneladas da campanha 2022/23, o que representa 40,8% da produção total. Como resultado da falta de chuva, a BCR cortou sua previsão de safra de trigo para 13,7 milhões de toneladas.

(Reportagem de Belen Liotti)

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