A juíza Larissa Boni Valieris, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível de São Paulo, condenou a farmacêutica Laura Marise e a bióloga Ana Bonassa, autoras do canal de YouTube “Nunca vi 1 cientista”, por expor dados sensíveis e causar danos morais a um nutricionista que afirmou que diabetes é causada pela contaminação com vermes.

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A sentença proferida em 4 de setembro determinou a remoção do vídeo das redes sociais das autoras e estabeleceu uma multa de R$ 1 mil a ser direcionada para a vítima, a quem as condenadas causaram “tristeza e vergonha”.

Marise e Bonassa produzem conteúdos com o objetivo de rebater desinformações reproduzidas na internet a respeito de temas relacionados à ciência e saúde. De acordo com elas, a sentença não se justifica, tendo em vista que o vídeo comentado do nutricionista foi publicado nas redes sociais pelo próprio.

Em vídeo compartilhado após a condenação, a bióloga afirmou que outros nutricionistas seguem difundindo desinformação sobre a doença — que não tem relação com nenhuma contaminação por vermes.

O que causa diabetes

Diabetes tipo 1: acontece devido à redução ou ausência de insulina — hormônio responsável pelo controle da glicose no sangue, que resulta na promoção de fonte de energia para diversas reações que acontecem no organismo. “É uma doença crônica e hereditária, em que o próprio sistema imune cria anticorpos contra as células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina”, explica Paula.

Diabetes tipo 2: é quando os tecidos apresentam uma resistência à ação da insulina, que existe em níveis elevados, sobrecarregando o açúcar no sangue. Segundo a especialista, esse é o tipo mais prevalente, que se desenvolve ao longo da vida, sobretudo como consequência de maus hábitos alimentares e sedentarismo.

Diabetes gestacional: acontece durante a gravidez, em decorrência de um mecanismo semelhante ao diabetes tipo 2, que desenvolve resistência insulínica. Condição pode trazer consequências à mãe e ao feto, além de persistir após o parto.

Pré-diabetes: trata-se do estágio de progressão de risco do diabetes tipo 2. Nesse cenário, os índices glicêmicos estão elevados, mas abaixo dos valores para classificação da doença, e o equilíbrio do metabolismo da glicose está alterado. Geralmente, não apresenta sintomas, mesmo quando há fatores de riscos, como obesidade e sedentarismo, sem adoção às medidas de prevenção.