A produção interna de petróleo e de gás natural em julho foi de 3,898 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que divulgou nesta quarta-feira, 2, seu boletim mensal de produção. Desse total, o petróleo respondeu pela extração de 3,078 milhões de barris por dia (bpd) e a de gás natural, de 130 milhões de m³/d.

O volume de petróleo foi 2,2% superior ao de maio e 10,9% maior que o de julho de 2019. Já o de gás cresceu 1,4% ante junho e 5% ante igual mês do ano passado.

O pré-sal continua liderando a produção, com 2,739 milhões boe/d, o que corresponde a 70,3% do total nacional. Esse volume foi 2,5% superior ao mês anterior e 25,4%, ante julho de 2019. Na região, foram produzidos 2,179 milhões de bpd de petróleo e 88,88 milhões m³/d de gás natural em 117 poços.

O campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 988 milhões de bpd de petróleo e 43,2 milhões de m³/d de gás natural, totalizando uma produção acumulada desde 29 de dezembro de 2010 de 2,038 bilhões de boe, atrás apenas do campo de Marlim, na Bacia de Campos, que registra produção acumulada desde 17 de março de 1991) de 2,827 milhões de boe.

Segundo a ANP, por conta da pandemia de covid-19, em julho, 33 campos tiveram a produção interrompida temporariamente, dos quais 16 são marítimos e 17, terrestres.

Ao todo, 60 instalações de produção marítimas permaneceram com produção interrompida. Em junho, havia 34 campos com produção interrompida, sendo 16 marítimos e 18 terrestres. Não houve alteração em relação ao número de instalações marítimas.

A agência informou ainda que, no mês, o aproveitamento de gás natural foi de 96,9%. Foram disponibilizados ao mercado 54,9 milhões m³/dia. A queima de gás foi de 4 milhões m³/d, um aumento de 27,7% se comparada ao mês anterior e de 15,3% se comparada ao mesmo mês em 2019.

O aumento da queima de gás em relação a junho se deu principalmente pelo crescimento de 6,3 vezes da produção da plataforma P-70, que se encontra no campo de Atapu, em relação ao mês anterior. A P-70 está em comissionamento (instalação) e, por isso, queima 100% do gás natural produzido.

Outro motivo foi o aumento de 9% e de 5,5% da queima associada aos campos de Búzios e Lula.