A produção total de petróleo e gás natural no Brasil no mês de abril totalizou 2,893 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 2, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A produção de petróleo foi de aproximadamente 2,290 milhões de barris por dia (bbl/d), um aumento de 1,1% na comparação com o mês anterior e redução de 4,3% em relação ao mesmo mês em 2015. Já produção de gás natural totalizou 95,8 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), um aumento de 6% frente ao mês anterior e aumento de 1,5 % na comparação com o mesmo mês em 2015.

A produção do pré-sal, oriunda de 56 poços, foi de 801,3 mil barris de petróleo por dia (bbl/d) de petróleo e 30,8 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) de gás natural, totalizando 994,9 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), uma redução de 9,9% em relação ao mês anterior.

Segundo a ANP, a principal razão para a redução da produção no pré-sal foram paradas programadas das plataformas FPSO Cidade de Paraty e FPSO Cidade de Angra dos Reis, ambas localizadas no campo de Lula. A agência lembra que os poços do “pré-sal” são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do art. 2º da Lei nº 12.351, de 2010.

Queima de gás

Conforme a ANP, o aproveitamento de gás natural no mês foi de 95,8%. A queima de gás em abril foi de 4 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), uma redução de 13,8% se comparada ao mês anterior e um aumento de 9,2% em relação ao mesmo mês em 2015.

Campos produtores

Segundo dados da ANP, os campos marítimos produziram 93,3% do petróleo e 76% do gás natural. A produção ocorreu em 8.925 poços, sendo 761 marítimos e 8.164 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 95,2% do petróleo e gás natural.

O campo de Lula, na Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, produzindo, em média, 307,9 mil bbl/d de petróleo e 14,9 milhões de m3/d de gás natural. Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores: 1.064. Marlim, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 60. A plataforma P-58, produzindo nos campos de Baleia Anã, Baleia Azul, Baleia Franca e Jubarte, produziu, por meio de 11 poços a ela interligados, 170,7 mil boe/d e foi a plataforma com maior produção.

As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 159,2 mil boe/d, sendo 129,4 mil bbl/d de petróleo e 4,7 milhões de m3/d de gás natural. Desse total, 154,2 mil barris de óleo equivalente por dia foram produzidos pela Petrobras e 5 mil boe/d por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 415 boe/d em Alagoas, 1.809 boe/d na Bahia, 18 boe/d no Espírito Santo, 2.637 boe/d no Rio Grande do Norte e 118 boe/d em Sergipe.

Conforme a ANP, em abril de 2016, 299 concessões, operadas por 23 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 78 são concessões marítimas e 221 terrestres. Do total das concessões produtoras, uma encontra-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD) e outras oito são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.