A produção de minério de ferro da Vale, incluindo as compras de terceiros e excluindo a Samarco, atingiu 77,544 milhões de toneladas no primeiro trimestre, um crescimento de apenas 0,2% em relação ao visto um ano antes. De acordo com a companhia, o volume de produção é recorde para o trimestre. Com esse desempenho e diante do plano para o resto do ano, a Vale já admite que sua meta de produção deverá ficar no piso do guidance original de 340 milhões a 350 milhões de toneladas para 2016. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior houve queda de 12,3%, justificada pela sazonalidade e questões climática, informou a companhia em seu relatório de produção, divulgado nesta quarta-feira, 20. Em Carajás, a mineradora informou que a produção trimestral de 32,385 milhões de toneladas foi recorde para um primeiro trimestre, ficando 17,7% acima do volume observado nos meses de janeiro a março de 2015. Em relação ao quarto trimestre do ano passado ela caiu 11,4%. O aumento em relação ao mesmo trimestre de 2015 foi impulsionado pelo ramp-up das minas de N4WS e de N5S. A redução em relação ao fim de 2015 decorreu, sobretudo, do impacto da época de chuvas. No sistema Sul, a produção do primeiro trimestre foi de 22,033 milhões de toneladas, 2,7% abaixo do reportado nos três primeiros meses de 2015 e 9,7% menor que a do quarto trimestre. A produção de Paraopeba foi prejudicada por chuvas fortes e o encerramento de contratos de venda de run-of-mine (ROM). A parada do processamento na unidade de Jangada, dentro da estratégia da Vale de reduzir produções com margens mais baixas, também prejudicou o desempenho do sistema. Já o sistema Sudeste, que inclui as minas de Mariana, onde houve o rompimento da barragem da Samarco, produziu 22,544 milhões de toneladas de minério de ferro, queda de 13% na comparação anual e de 15,3% na trimestral. A produção em Mariana alcançou 5 milhões de toneladas, ficando 20,9% e 47,9% abaixo do quarto e do primeiro trimestre de 2015, respectivamente. O principal fator a pesar para esse recuo foi a parada da mina de Fazendão, que fornecia para a Samarco. A mina de Alegria está operando com uma unidade de beneficiamento a seco e menor produtividade e a de Timbopeba retomou as operações com ROM fornecido por uma cava de minério própria, informou a Vale. Em relação ao igual período de 2015 a produção cresceu nos complexos de Itabira e Minas Centrais.