A Vale apresentou dados de produção e vendas do primeiro trimestre de 2018. No relatório, a Vale reitera sua projeção (guidance) de produção para 2018 em torno de 390 milhões de toneladas.

Em minério, a produção foi de 81,953 milhões de toneladas, queda de 12,2% sobre o quatro trimestre de 2017 e de 4,9% ante o primeiro trimestre daquele ano, o que a companhia atribui à decisão da gestão, no segundo trimestre, de reduzir a produção de minério de baixa qualidade, reforçando o posicionamento como produtor premium, e também ao período de chuvas mais intenso. O teor médio de Fe atingiu 64,4% no primeiro trimestre deste ano, acima dos 63,9% do mesmo período de 2017 e dos 64,3% no quarto trimestre, “de longe o melhor resultado entre os concorrentes”, diz o relatório.

Especificamente a produção do Sistema Norte (Carajás e S11D) alcançou a maior produção de minério de ferro para um primeiro trimestre, de 40,6 Mt, 12,9% maior do que no mesmo intervalo do ano anterior.

Somente em pelotas, a produção somou 12,780 Mt, redução de 0,9% ante dezembro e aumento de 2,9% sobre o primeiro trimestre de 2017. A relação de vendas foi de queda de 3,3% na comparação com o quarto trimestre de 2017 e alta de 4,3% com o primeiro.

Quanto a vendas, a companhia destaca no período recorde para um primeiro trimestre, totalizando 84,3 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas, 6,4 Mt acima do mesmo intervalo de 2017, “resultado da flexibilidade e gestão ativa da cadeia de logística, e otimizando a realização de preço e margem, o que resultou em uma maior razão de vendas/produção.”

A Vale diz ainda que nos próximos trimestres “a razão de vendas/produção irá se ajustar às atividades de blendagem offshore, complementando o aumento de estoque offshore.”

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Níquel

As vendas de níquel da Vale no primeiro trimestre deste ano alcançaram 57,9 mil t, com o melhor preço trimestral desde 2015, para uma média de US$ 13.276/t, contra US$ 11.584/t no quarto trimestre de 2017, segundo o relatório de produção e vendas.

A produção foi de 58,6 mil t, retração de 24,9% ante o quarto trimestre e de 17,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2017. Porém, a empresa afirma esperar que a produção de níquel aumente para 65 mil t no segundo trimestre.

A companhia explica que o volume de produção e das vendas de metais básicos “ficou alinhado com a decisão de reduzir o footprint das operações do Canadá, colocando as minas não competitivas em care and maintenance, seguindo a estratégia de otimização de margens e manutenção da opcionalidade no cenário de maior demanda por níquel de class I.”

No relatório, a Vale explica que adotou “um processo rigoroso de alocação de capital baseada em maiores retornos”, de modo que os projetos só deverão ser aprovados com base em cenários de preços atuais e conservadores, não sobre expectativas de preços futuros. Assim, a produção de Voiseys Bay foi reduzida para estender a vida útil da mina enquanto o projeto de expansão é reavaliado, e a mina de Thompson passará por uma transição para uma operação de mine-mill no terceiro trimestre de 2018, quando seu forno e refinaria serão desligados.

Cobre

A produção de cobre da Vale de janeiro a março deste ano foi de 93,3 mil toneladas, o que representa queda de 17,8% sobre dezembro e de 13,2% ante o primeiro trimestre de 2017, com vendas de 87,7 mil t, respectivamente menores em 20,6% e 12,6%. A expectativa é que a produção de cobre atinja em torno de 100 mil t no segundo trimestre, informa a Vale no relatório divulgado nesta segunda-feira.

A companhia explica que no primeiro trimestre de 2018 o preço LME médio de cobre foi de US$ 6,961/t, 2% acima dos US$ 6,808/t no quarto trimestre de 2017, e foi o maior preço trimestral desde o quarto trimestre de 2014.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias