São Paulo, 16 – A produção de café na Guatemala, na América Central, no ano agrícola 2018/2019 (outubro de 2018 a setembro de 2019) está prevista em 3,3 milhões de sacas de 60 kg, mesmo resultado do período 2017/2018. A estimativa faz parte de relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Conforme o órgão norte-americano, a produção de café guatemalteca está se recuperando de uma epidemia de ferrugem, ocorrida em 2012, quando 20% da produção de café foi dizimada pela doença. No entanto, a recuperação e o crescimento do setor têm sido lentos, informa o USDA.

Na safra 2017/18, a área plantada aumentou, após 5 anos de queda, e foi revisada para até 305 mil hectares (aumento de 9%). Isso foi possível principalmente por causa de novas áreas que foram plantadas com pés de café tolerantes à ferrugem.

Segundo o USDA, a produção de café representa 2% do PIB da Guatemala, com 300 mil famílias dependentes do grão (abaixo das 600 mil famílias em 2000), como meio de subsistência.

De acordo com o órgão dos EUA, a ferrugem do café não é a única culpada pela falta de competitividade da Guatemala no setor: a moeda local relativamente forte comparada com o dólar e o salário mínimo elevado para os padrões da região “são variáveis importantes que afetam os preços do café”, diz o USDA.

A Guatemala deverá exportar 3,1 milhões de sacas no ano agrícola 2018/019, o mesmo volume do ano anterior. Os principais mercados de exportação em 2017/18 foram Estados Unidos, Japão e Canadá.