BOGOTÁ (Reuters) – A produção de café da Colômbia, maior fornecedora mundial de arábica lavado, caiu 12% em 2022, para 11,08 milhões de sacas de 60 quilos, a menor desde 2013 e sua terceira queda anual consecutiva devido às chuvas persistentes, disse a Federação Nacional dos Cafeicultores do país nesta quarta-feira .

Enquanto isso, as exportações colombianas de café totalizaram 11,4 milhões de sacas no ano passado, 8% abaixo das 12,4 milhões de sacas em 2021.

Em 2021, a produção de café colombiana fechou em 12,5 milhões de sacas.

A safra de 2022 ficou abaixo da projeção da entidade, de 12 milhões de sacas. O país não registrava uma safra tão baixa desde 2013, quando atingiu 10,88 milhões de sacas.

“Este número é resultado do excesso de chuvas devido a um fenômeno prolongado de La Niña nos últimos dois anos e meio”, afirmou a federação em comunicado.

O país sul-americano de 50 milhões de habitantes enfrentou uma estação chuvosa devido ao fenômeno La Niña que atrasou a florada e a produção dos cafezais.

Em dezembro, a produção de café colombiana atingiu 981 mil sacas, 29% a menos em relação ao mesmo mês de 2021, quando atingiu 1,38 milhão de sacas.

No último mês do ano passado, as exportações de café colombiano caíram 12%, para 1,03 milhão de sacas, de 1,16 milhão de sacas em dezembro de 2021.

A Colômbia, conhecida por seus cafés suaves e de alta qualidade, tem capacidade para produzir cerca de 14 milhões de sacas anualmente.

Entre 2009 e 2012, o país sul-americano – terceiro maior produtor de café do mundo, depois do Brasil e do Vietnã – perdeu a meta de produção devido às fortes chuvas e à queda na safra devido a um programa de renovação dos cafezais.

O país sul-americano tem 840 mil hectares cultivados com cafezais e cerca de 500 mil famílias dependem dessa atividade.

(Reportagem de Luis Jaime Acosta)

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