A Procuradoria da República no Rio de Janeiro denunciou o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques e mais sete investigados por suposta fraude em licitação e em contratos para compra de 15 viaturas operacionais blindadas ‘inservíveis’. A vencedora do pregão foi a empresa Combat Armor Defense, cujos sócios também foram denunciados. O Ministério Público Federal ainda requer a prisão preventiva dos empresários.

Também são acusados: os policiais rodoviários que deram início à licitação, com a elaboração de estudos técnicos preliminares e também o documento de oficialização da demanda; o pregoeiro que aprovou a proposta inicial da Combat Armor Defense; o fiscal técnico do contrato; e o ex-chefe de gabinete do Ministério da Justiça e Segurança Pública Antonio Ramirez Lorenzo, para quem a Combat teria realizado ‘pagamentos’, segundo a Procuradoria.

Os contratos investigados pela PRF somam R$94.096.361,52 e o prejuízo causado pelas fraudes aos cofres públicos passa de R$ 13 milhões, segundo a Procuradoria.

A denúncia narra que a Combat Armor Defense ‘frequentemente descumpria prazos e entregava produtos e serviços abaixo dos padrões acordados, ferindo a integridade dos contratos e colocando em risco a vida dos policiais’. De acordo com a acusação, a empresa não está autorizada pelo Exército para fornecer serviços de blindagem nível III, contratado pela PRF.

“Os blindados entregues pela Combat não possuem capacidade operacional plena, tanto de forma mecânica, ao não serem capazes de subir ladeiras, quanto pelo aspecto da segurança operacional, pois a blindagem não é condizente com a ofertada (nível III)”, frisa o órgão.

COM A PALAVRA, O EX-CHEFE DA PRF E OS DEMAIS DENUNCIADOS

A reportagem busca contato com os acusados. O espaço está aberto para manifestações.