CARACAS (Reuters) – A Procuradoria da Venezuela informou nesta segunda-feira que Freddy Guevara, colaborador do líder oposicionista Juan Guaidó, foi detido e será acusado de terrorismo e traição à pátria, entre outros crimes.
Em nota, a Promotoria disse que solicitou um mandado de prisão contra Guevara, detido por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), “por seus vínculos com grupos extremistas e paramilitares associados ao governo colombiano”.
Mais cedo, Guaidó disse que homens armados não identificados o “ameaçaram” de prisão em seu prédio, e um porta-voz da oposição afirmou que Guevara havia sido preso.
“A perseguição e as ameaças não vão nos parar”, disse Guaidó, que em 2019 foi reconhecido por dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, como legítimo chefe de Estado da Venezuela com base em uma suposta fraude do presidente Nicolás Maduro em sua reeleição em 2018.
“Eles nos interceptaram e apontaram suas armas para nós, no porão”, afirmou Guaidó aos repórteres. Ele disse que estava deixando seu prédio com um motorista para ajudar Guevara, que minutos antes havia sido detido em uma rodovia de Caracas.
Um porta-voz de Guaidó disse que Guevara, que foi absolvido há menos de um ano por acusações de instigar a violência em 2017, foi levado para a prisão de Helicoide em Caracas.
(Por Vivian Sequera)