O procurador-geral americano, Bill Barr, declarou nesta segunda-feira (18) que não prevê empreender ações judiciais contra o ex-presidente Barack Obama e seu vice, Joe Biden, por seu papel na abertura das investigações sobre a Rússia, ao contrário do que quer o presidente, Donald Trump.
As investigações sobre uma possível convivência entre Moscou e a equipe de campanha de Trump nas eleições presidenciais de 2016 foram “uma injustiça grave” e “sem fundamento”, avaliou Barr durante coletiva de imprensa.
Mas, “fosse qual fosse o nível de envolvimento” de Obama e de Biden na abertura das investigações, “não acho, baseando-me nas informações de que disponho agora”, que possam ser objeto de ações judiciais, acrescentou.
A investigação sobre o caso russo terminou depois de dois anos com ausência de provas de conluio entre Moscou e a equipe de Trump, que sempre apresentou-se como vítima de “uma caça às bruxas”, dirigida pelos democratas, com ajuda de simpatizantes do FBI, polícia federal americana.
Trump também pediu para investigar Biden, que será seu adversário nas presidenciais de 3 de novembro.
Barr lamentou nesta segunda-feira que o sistema judicial americano tenha sido usado “como arma política” nos últimos anos e prometeu pôr fim a este “círculo vicioso”.
No futuro, “toda investigação sobre um candidato às presidenciais deverá ser aprovada por mim”, disse Barr, considerado um dos mais fiéis defensores de Trump.