HAVANA (Reuters) – O procurador-geral do Haiti pediu ao juiz responsável pela investigação do assassinato do presidente Jovenel Moise que indicie o primeiro-ministro Ariel Henry como suspeito, e ordenou que os serviços de migração não permitam que ele deixe o país.

Em um ofício ao juiz Garry Orelien, o procurador Bed-Ford Claude disse que registros telefônicos mostram que Henry se comunicou duas vezes com um suspeito crucial do assassinato de Moise na noite do crime, em 7 de julho. O suspeito em questão, um ex-funcionário do Ministério da Justiça que Henry defende publicamente, agora está foragido.

Henry deveria ser “proibido de deixar o território nacional por ar, mar ou terra devido a uma presunção grave relativa ao assassinato do presidente”, escreveu Claude em uma carta aos Serviços de Migração haitianos.

Chenal Augustin, que trabalha no escritório de comunicação do premiê, disse não ter nenhum comentário imediato.

Moise foi morto a tiros por assassinos que invadiram sua residência particular nas colinas acima de Porto Príncipe, mergulhando o país caribenho empobrecido ainda mais em tumultos e em um vácuo político.

(Por Sarah Marsh)

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