O procurador especial dos Estados Unidos, Robert Hur, defendeu seus comentários sobre a memória do presidente Joe Biden e sua decisão de rejeitar as acusações criminais contra ele nesta terça-feira (12), durante uma audiência no Congresso.

Em um relatório divulgado em fevereiro, o procurador especial Robert Hur concluiu que “as acusações criminais não são justificadas neste assunto”. Mas descreveu Biden, de 81 anos, como um “homem idoso com memória ruim”. A Casa Branca criticou então o que considerou comentários “gratuitos”.

“Minha equipe e eu conduzimos uma investigação completa e independente” e “identificamos evidências de que o presidente reteve intencionalmente material confidencial após o fim de sua vice-presidência, quando era um cidadão comum”, resumiu Hur perante dois comitês da Câmara de Representantes, na qual os republicanos têm maioria.

Biden foi vice-presidente de Barack Obama de 2009 a 2017.

“No entanto, não identificamos evidências que chegassem ao nível de prova além de qualquer dúvida razoável”, acrescentou.

“Minha tarefa era determinar se o presidente reteve ou divulgou ‘intencionalmente’ informações de defesa nacional”, lembrou o procurador especial.

“Não poderia chegar a essa conclusão sem avaliar o estado mental do presidente. Por essa razão, tive que considerar a memória do presidente e o seu estado mental geral, e como um júri provavelmente perceberia a sua memória e estado mental em um julgamento criminal”, argumentou.

“Minha avaliação no relatório sobre a relevância da memória do presidente foi necessária, precisa e justa”, afirmou.

“Não suavizei a minha explicação. Tampouco menosprezei o presidente injustamente”, insistiu Robert Hur.

O procurador especial foi nomeado em 2023 pelo secretário de Justiça, Merrick Garland, após a descoberta em 2022 de documentos confidenciais em uma casa de Biden em Wilmington, Delaware (nordeste) e em um escritório antigo.

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