Os manifestantes detidos em Manhattan por crimes de baixo potencial ofensivo, como conduta desordeira e concentração ilícita, não serão processados, afirmou nesta sexta-feira (5) um procurador distrital, uma medida que incentiva os protestos.

Esta semana, houve em Nova York centenas de detenções relacionadas com as manifestações em defesa dos direitos dos negros que tomaram as ruas de várias cidades nos Estados Unidos após o assassinato do afro-americano George Floyd por um policial branco.

Floyd morreu em Minneapolis em 25 de maio, depois que um policial branco pressionou o joelho contra seu pescoço por quase nove minutos durante uma detenção por um crime não violento.

Depois que os protestos no domingo e na segunda-feira se tornaram violentos, com saques generalizados, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, impôs uma semana de toques de recolher noturnos para tentar manter os manifestantes fora das ruas.

No entanto, a medida falhou em conter os protestos majoritariamente pacíficos e os policiais acabaram realizando centenas de detenções por violação da ordem de permanecer em casa.

Em um comunicado, Cyrus Vance, procurador distrital de Manhattan, disse que seu gabinete “se recusa a processar estes detidos no interesse da justiça”.

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“Processar manifestantes acusados de ofensas de baixo potencial ofensivo enfraquece os vínculos críticos entre a aplicação da lei e as comunidades a que servimos”, acrescentou.

O prefeito tem sofrido duras críticas pela decretação do toque de recolher e por defender táticas truculentas da polícia, que incluíram o uso de cassetetes para dispersar os manifestantes.


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