FARINDOLA, 18 JAN (ANSA) – A Itália relembrou nesta sexta-feira (18) o segundo aniversário da avalanche sobre o hotel Rigopiano, em Farindola, que deixou 29 mortos em 18 de janeiro de 2017.   

Parentes das vítimas e sobreviventes fizeram uma procissão com velas e participaram de uma missa na cidade, ao lado dos vice-primeiros-ministros Matteo Salvini (Liga) e Luigi Di Maio (M5S), representando o governo.   

“Deixaram-me entrar em suas casas, lojas, em suas lembranças, e isso é precioso. O que eles me disseram eu guardo para mim”, afirmou Salvini, que conversou com famílias atingidas pela tragédia.   

O vice-premier ainda defendeu Alessio Feniello, pai de uma das vítimas da avalanche, Stefano Feniello, e que foi multado em 4.550 euros por ter depositado flores para seu filho nos arredores de onde ficava o hotel, uma área que está interditada pela Justiça.   

“Eu disse ao papai Feniello que não pague um euro. Só faltava isso, ser multado por levar flores ao filho. Se há alguma lei errada, mudaremos essa lei”, prometeu Salvini. O governo estuda oferecer 10 milhões de euros para familiares das vítimas e os sobreviventes do Rigopiano.   

O hotel ficava na cidade de Farindola, na Cordilheira dos Apeninos, e foi completamente destruído por uma avalanche, provavelmente causada por três fortes terremotos que haviam atingido a região de Abruzzo na manhã de 18 de janeiro de 2017.   

A tragédia deixou 29 mortos, e nove pessoas foram resgatadas com vida dos escombros – outros dois homens escaparam porque estavam fora do Rigopiano no momento do deslizamento. O Ministério Público abriu inquéritos que apuram suspeitas que vão desde construção abusiva até falhas na prevenção de avalanches e no resgate dos hóspedes e funcionários.   

Até o momento, no entanto, ninguém foi punido. O deslizamento ocorreu enquanto os hóspedes estavam no saguão do hotel, apenas aguardando o envio de um caminhão limpa-neve para liberar a única estrada de acesso. (ANSA)