Presente no imaginário popular, o símbolo da mulher brasileira nem sempre é tão fácil de manter e conquistar, afinal o glúteo assim como todos os tecidos do corpo são vítimas da perda de colágeno, o que ocorre já por volta dos 30 anos. Quando começam a aparecer na pele sinais de flacidez, rugas na face e perda da firmeza nos glúteos.

“O músculo vai se tornando mais flácido e a pele vai ficando com uma aparência mais irregular, fina, e a gordura começa a se localizar em pontos indesejados, a chamada lipodistrofia”, explica a cirurgiã plástica Paula Marchiori, do Instituto Maieve Corralo (IMC), em Copacabana (RJ).

Formatos de glúteo

O que muita gente ainda não sabe é que o formato do glúteo está relacionado à etnia e a genética, o que varia consideravelmente de um indivíduo para o outro. Isso explica porque uma pessoa que não faz atividade física regularmente pode ter um bumbum mais durinho e avantajado do que uma pessoa que passa horas na academia se dedicando aos afundos e agachamentos. Os formatos podem ser quadrados, redondos, em V (mais largo em cima e estreito embaixo), e o formato em A (que vai da cintura mais fina à região do quadril mais largo), que costuma ser o mais desejado entre as mulheres.

De acordo com a cirurgiã, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com o passar do tempo, os fatores intrínsecos do paciente, como alterações hormonais, e extrínsecos, como maus hábitos alimentares e sedentarismo, vão gerar repercussões no corpo, podendo provocar acúmulo de gordura irregular nos quadris, celulite e flacidez da musculatura.

“A pele vai se tornando mais fina, a celulite se acentua causando maior depressão, dando aspecto de flacidez cutânea. Como o músculo perde seu tônus, diminui a projeção do glúteo, ficando aquele bumbum mais plano. E como nós, cirurgiões plásticos, tratamos muito de contorno corporal, nos parece muito vantajoso ter uma opção de tratamento não invasivo, que não tem ‘downtime’, isto é, necessidade de tempo para recuperação, permitindo que o paciente siga sua rotina normalmente, complementando suas práticas de exercícios habituais”, revela.

A médica ressalta que o procedimento é útil para pacientes que realizam atividade física, mas não conseguem obter um resultado satisfatório em algum grupamento muscular.

“Adaptamos o protocolo conforme o paciente e o objetivo, que pode ser para tonificar, melhorar resistência ou hipertrofiar um grupo muscular (aumentar o tamanho das células)”, complementa.

Paula Marchiori explica que através de um campo eletromagnético, o aparelho consegue ativar a placa motora e causar milhares de contrações musculares. Uma sessão de 30 minutos, o Zfield promove 36 mil contrações de um determinado grupamento muscular, “o que seria inviável de fazer em uma academia”, afirma.

“A mulher contemporânea gosta de um visual mais atlético, com curvas bem definidas, tanto no glúteo bem definido com boa projeção quanto na região abdominal. A curto prazo, o Field consegue gerar um aumento de massa magra, causando uma hipertrofia muscular e logo consegue fazer um ancoramento uma melhor projeção do glúteo, por exemplo, erguendo todos os tecidos que estão acima do músculo”, destaca a cirurgiã plástica.

Contraindicação

O procedimento não é indicado para mulheres gestantes, que façam o uso do DIU (Dispositivo Intrauterino) de Cobre, marcapasso, que possuem alergia ou lesão de pele na área que deseja ser trabalhada.