Um tribunal da Índia condenou à prisão perpétua nesta sexta-feira 11 hindus por sua participação na matança de muçulmanos durante os distúrbios interreligiosos de 2002 no estado de Gujarat (oeste), então dirigido pelo hoje primeiro-ministro Narendra Modi.

Outras 12 pessoas foram condenadas a sete anos de prisão.

Os 23 processados foram julgados por terem assassinado a golpes de machado e queimado 69 muçulmanos que se refugiaram em um prédio da cidade de Ahmedabad para fugir da violência.

Mais de mil pessoas morreram durante os distúrbios interreligiosos em Gujarat, o que motivou críticas a Modi por sua falta de ação. Mas o Supremo Tribunal acabou por isentá-lo de qualquer responsabilidade em 2012.

A violência em Gujarat também resultou na morte de 59 peregrinos hindus no incêndio de um trem em 27 de fevereiro de 2002, crime atribuído aos muçulmanos.

Este drama foi um dos piores episódios de violência religiosa entre hindus e muçulmanos na Índia desde a independência do país no 1947.

abh/cc/ev/jh/str/ra/cn