O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), foi o convidado da live de ISTOÉ, nesta sexta-feira (30). Preocupado com os privilégios e mordomias reinante no Congresso Nacional, o parlamentar avaliou que os políticos não querem perder as oportunidades que o poder oferece. Em função disso, Oriovisto não mede críticas aos colegas de parlamento e tem denunciando, tanto do ponto de vista ético como econômico.

“O Brasil é um salve-se quem puder”, avalia.

O parlamentar também criticou a votação da prisão em 2ª instância e o foro privilegiado.

“Essas coisas desfiguram a Nação. Existe uma cultura na população brasileira de não perder privilégios. A aprovação da prisão em 2ª instância, ao lado do Ficha Limpa, seria o detergente da política brasileira”, afirma.

“Só de falar isso, já sou mal visto pelos meus pares. Mas, a maioria dos políticos mentem quando são perguntados sobre a foro privilegiado. Muitos deles não querem acabar com a impunidade”, completa.

Membro da Comissão Mista da Reforma Tributária, Guimarães admitiu que está preocupado com o andamento das propostas de Reformas Tributária e Administrativa no Parlamento. Por isso, ele não acredita na aprovação do texto dos projetos ainda neste ano.

Além das reformas, o senador também fez questão de criticar o governo federal, principalmente o ministro Paulo Guedes.

“O governo não consegue se entender; tá muito ruim e perdido. Nada acontece neste governo”, analisa.

O senador argumenta ainda que do ponto de vista da econômico, o País, que já estava quebrado antes da pandemia, ficou pior. Além disso, Oriovisto chamou atenção para a atuação do governo frente às queimadas na Amazônia.

“Se estava ruim, agora estamos numa situação pré-falimentar”.

“Se há um desastre no governo, ele se chama Ministério do Meio Ambiente. A imagem do Brasil lá fora está arrasada.”

Questionado sobre a polarização política sobre a vacina, o parlamentar foi taxativo: “É uma besteira essa briga política por causa da vacina. O povo não está interessado nisso. Todo mundo quer mesmo é se vacinar. Falta amor a população, falta amor ao Brasil”.