A prefeitura de Patos (PB) informou nesta sexta-feira, 9, que ainda não foi notificada do afastamento da prefeita Francisca Motta, mas já adiantou que vai recorrer da decisão. Em nota, o assessor jurídico do município, Jackson Lucena, disse que a prisão da chefe de gabinete Illana Motta “é arbitrária”.

A Polícia Federal na Paraíba prendeu preventivamente Illana Motta nesta sexta-feira. Ela é mãe do deputado federal Hugo Motta (PMDB). A PF também mandou afastar do cargo Francisca Motta, avó do deputado. A ação contra a família do ex-presidente da CPI da Petrobras e um dos principais aliados de Eduardo Cunha (PMDB) é parte da Operação Veiculação.

A ação investiga fraudes que envolvem mais de R$ 11 milhões em recursos aplicados em ações dos Programas de Transporte Escolar (PNATE), Fundeb, Pró-Jovem Trabalhador e Bloco de Média e Alta Complexidade (Saúde).

O assessor Jackson Lucena afirmou que a Illana “nunca se furtou em prestar esclarecimentos, em comparecer a qualquer órgão investigativo, contribuindo com a elucidação de qualquer dúvida, quando convidada”.

Segundo ele, Illana “é servidora efetiva licenciada do Tribunal Regional do Trabalho, possui residência fixa, dá expediente diariamente em seu local de trabalho e é de fácil acesso a toda a população, não oferecendo risco algum ao curso de qualquer investigação.”

De acordo com Lucena, a prefeitura está colaborando com a operação. Ele alegou que a data de deflagração da ação é estranha, pois a decisão que a autorizou é de dois meses atrás.

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A reportagem entrou em contato com o gabinete do deputado Hugo Motta, que não havia se pronunciado até às 16h desta sexta-feira.


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