O arquiteto Felipe Prior foi um dos principais nomes do BBB20, mesmo sem ter conseguido ganhar o programa. Apesar disso, sempre foi rotulado, por diversos espectadores, como um dos melhores jogadores da história do reality.

Com uma personalidade marcante, Prior se destacou com sua ótima leitura de jogo, por sua amizade com seu fiel escudeiro, o ator Babu Santana, e por momentos divertidos e polêmicos, como quando se safou de um paredão graças a uma versão do ‘uni duni tê‘, tradicional brincadeira infantil, e principalmente com sua saída do programa que contou com mais de 1,5 bilhão de votos totais, recorde do reality até hoje.

Em entrevista à ISTOÉ Gente, Prior falou sobre diferentes assuntos, entre eles, uma possível voltar ao programa, que, segundo ele, seria para ganhar e também contou o que espera para a edição deste ano do Big Brother Brasil.

Por que você acha que a edição de 2020 foi, até hoje, a maior edição do BBB?
Prior: Quando falo de BBB 20, acredito que todo mundo que estava lá fez história. A gente conseguiu, de certa forma, mudar o conceito do Big Brother, porque antes ninguém assistia. E você vê pelo engajamento da Internet. Acredito que eu e as 19 pessoas que estavam lá conseguimos mudar isso. Tem também o fato de que foi a primeira edição com camarote. Além disso, a edição em que participei, teve todo um movimento contra o machismo, que fez, acredito, não só eu, mas também muita gente aprender muito e buscar mais entendimento sobre o assunto aqui fora. E foi a primeira vez que eu lembro, de um edição do BBB ter uma temática tão forte assim. Depois do BBB eu, eu por exemplo, busquei estudar e entender um pouco mais sobre as militâncias. Sei que a maioria não está no meu lugar de fala, mas é importante a gente tentar entender, um pouco que seja, as dores dos outros. Isso mudou muito a minha visão sobre muitas coisas. E fico muito feliz por essa oportunidade de me reconstruir.

Muitas pessoas têm criticado as escolhas do grupo pipoca porque boa parte dos escolhidos já são conhecidos nas redes sociais. Qual a sua opinião sobre isso? Você também acha que o BBB atualmente é mais importante pra dar visibilidade do que pelo jogo/título em si?
P: Hoje com o alcance da internet, queira ou não queira, todo mundo se torna de alguma forma conhecido. E o Big Brother se tornou um grande espelho para ganhar visibilidade. E isso desde a primeira edição, talvez só de forma menor ou maior. Acho que o mais importante, é que seja um elenco que esteja ali não só por isso, mas também para jogar e se entregar para a dinâmica do jogo. Isso é uma coisa que eu e, acredito, todo o público espera.

Você se arrepende de algo no BBB20? Por que você acha que não ganhou o jogo apesar de ser um excelente jogador?
P: Não tenho nenhum arrependimento. Como já falei aqui, eu fui de verdade no jogo. Sou muito verdadeiro e transparente e isso acaba aparecendo muito no meu jogo. Sou um cara cabeça dura, mas um coração do bem. Não sei ver injustiças e ficar calado. Erro, como todo mundo, mas estou sempre aberto a aprender. Assim como estive no jogo e ainda estou na vida. O que pode ter me ajudado, mas também me atrapalhado, talvez. O fato é que prefiro pecar por ser eu mesmo. De qualquer forma me senti também um vencedor, não só por ter entrado para a história do programa, com um paredão recordista, mas também por ser hoje um dos participantes mais lembrados de todas as edições e o mais citado lá dentro da casa nas últimas edições. Inclusive, eu entraria de novo no Big Brother, se tivesse oportunidade, mas desta vez seria para ganhar. Me sinto hoje muito mais bem preparado, porque na minha edição demorei um tempo para me adaptar.

Qual a sua expectativa para o BBB23?
P: O que eu mais quero é que seja uma temporada em que as pessoas liguem a televisão, deem risadas e sintam as emoções que de verdade um programa de entretenimento tem que nos trazer, de forma leve. A nossa vida é tão mais legal quando a gente consegue sorrir mais, entender mais, ensinar, mas cancelar menos.

Vai torcer por alguém? Quem? Por qual motivo?
P: Eu ainda não tenho ninguém que eu possa dizer que estou torcendo ou que irei torcer fervorosamente. Tem alguns participantes que gosto mais do que o outro, em questão de expectativas, mas ainda tem muito jogo pela frente e muita coisa para acontecer. É muito cedo, porque na real o programa começou mesmo só ontem. Eu gosto de torcer, para quem sai para o jogo, quem se dedica, se joga nas festas e demonstra garra mesmo. Principalmente por ser uma edição que já está começando com uma prova de resistência e numa dinâmica completamente diferente.
Em geral, costumo reavaliar minha torcia a cada semana, porque as coisas lá dentro mudam muito rápido e esse elenco está parecendo estar realmente para o jogo. Tem algumas pessoas lá dentro, que eu acredito que ainda pode surpreender. Mas por ora, acho cedo para apontar alguém.