Os príncipes Andrew e Harry, que renunciaram aos seus deveres como membros da família real britânica, não podem assumir a função de conselheiros de Estado para substituir o rei em caso de incapacidade, conforme decisão da Coroa em 2022, afirmou a revista Times nesta sexta-feira (19).

A revista relembra esta decisão, quando o rei Charles III e a sua nora Kate Middleton, esposa do príncipe herdeiro William, enfrentam questões de saúde e a opinião pública questiona quem poderá substitui-los, depois de os três terem adiado os seus próximos compromissos.

O rei Charles III realizará, na próxima semana, uma cirurgia por um problema “benigno” de próstata, enquanto a princesa Catherine foi submetida a uma operação “abdominal” na quarta-feira e ficará internada em uma clínica durante duas semanas.

Um conselheiro de Estado, de acordo com as leis da monarquia britânica, é um membro da família real a quem o soberano pode delegar algumas das suas funções em caso de doença ou viagem ao exterior.

Os cinco conselheiros de Estado são a rainha Camilla e os quatro primeiros membros da família real, maiores de 21 anos, na ordem de sucessão ao trono: os dois filhos do rei, William e Harry, além do príncipe Andrew e sua filha mais velha, Beatrice.

“O Palácio de Buckingham tomou medidas, de forma discreta, para evitar que os príncipes Andrew e Harry atuassem como substitutos do rei. O primeiro renunciou aos deveres reais em novembro de 2019, enquanto o último abandonou seu papel real em 2020 para se mudar para os Estados Unidos”, afirma a Times.

“Ambos continuam sendo conselheiros de Estado, mas o rei tomou discretamente medidas para marginalizá-los, em uma decisão tomada pouco depois de ascender ao trono”, acrescenta.

De acordo com uma lei aprovada pelo Parlamento britânico em novembro de 2022, “apenas membros ativos” podem atuar como conselheiros de Estado, embora os membros não ativos mantenham este título.

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