Por Michael Holden

LONDRES (Reuters) – Embora quase todas as atenções estejam focadas na próxima semana na rainha Elizabeth, que comemora seu 70º aniversário no trono britânico este ano, para aqueles que estão de olho no futuro da monarquia, a atenção está mudando para o príncipe William, seu neto.

A realeza britânica sofreu alguns anos turbulentos com o processo de abuso sexual nos Estados Unidos contra o filho de Elizabeth, Andrew, a decisão do príncipe Harry, irmão mais novo de William, de deixar as funções para se mudar para os Estados Unidos em 2020, e a polícia investigando supostas irregularidades na principal instituição de caridade do príncipe herdeiro Charles.

Com a saúde da popular rainha de 96 anos sendo uma crescente fonte de preocupação, forçando-a a desistir de compromissos públicos, seu Jubileu de Platina marcará não apenas um momento para refletir sobre seu passado, mas também para olhar para o futuro.

Pesquisas mostram que a maioria da população britânica apoia a monarquia e, embora seu pai de 73 anos tenha menos popularidade, William –o segundo na linha de sucessão ao trono– e sua esposa Kate são os membros da realeza mais queridos depois da rainha.

Mas, pesquisas também sugerem que aqueles com menos de 50 anos são muito mais ambivalentes sobre a instituição.

“O futuro depende do príncipe William”, disse Matthew Dennison, biógrafo da rainha. “E todos nós sabemos que a opinião pública pode ser cruel.”

A saída chocante de Harry e sua esposa Meghan para os EUA coloca ainda mais pressão sobre William, de 39 anos, e sua jovem família para manter a viabilidade e popularidade a longo prazo da monarquia.

“William é a pessoa-chave porque William será rei um dia”, disse Charles Rae, ex-correspondente real do jornal Sun. “Ele é o último dos moicanos, basicamente. Acho que muito depende dos ombros de William para o futuro da monarquia.”

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