Os líderes dos dez principais sindicatos britânicos pediram aos seus 6 milhões de membros que votem a favor da permanência do país na União Europeia no referendo de 23 de junho.

Em uma carta publicada no jornal The Guardian, os líderes consideraram que “os benefícios sociais e culturais de permanecer na UE superam as vantagens de sair”.

Entre os signatários estão Len McCluskey, secretário-geral do Unite (multissetorial); Dave Prentis, da Unison (funcionalismo público); Tim Roache, GMB (multissetorial); Manuel Cortes, de TSSA (Transportes); John Smith, do Sindicato dos Músicos; Dave Ward, do CWU (Comunicações e Correios); Matt Wrack, FBU (bombeiros); John Hannet, do USDAW (comércio); Gerry Robinson, BECTU (TV, filmes, shows), e Roy Rickhuss, Community (multissetorial).

Os signatários dizem que a cooperação entre os sindicatos europeus permitiu a inclusão na legislação europeia de direitos valiosos para os trabalhadores, como a “licença maternidade e paternidade, igualdade de tratamento aos trabalhadores de tempo integral, parcial e subcontratados, bem como o direito a férias pagas”.

“Se o Reino Unido sair da UE, não temos dúvidas de que tais proteções sofreriam uma grande ameaça”, disseram os sindicatos, que acreditam que o governo conservador iria tentar eliminar ou reduzir esses direitos.

“A decisão que os britânicos são chamados a tomar em 23 de junho não deve ser tomada de ânimo leve, e instamos nossos membros a votar a favor da permanência”, conclui a carta.

A menos de três semanas para o referendo, a média das últimas seis pesquisas do instituto que UK revela um empate em 50% entre os dois campos entre aqueles que já decidiram seu voto, com uma percentagem de indecisos superior a 10 % em todas as votações.

al.zm/mr