A saúde é o principal pilar de qualidade de vida e longevidade. Portanto, se atentar a esse cuidado é praticar o amor próprio. Neste Dia Internacional das Mulheres, ressaltar a importância desse assunto ajuda, ainda, a endossar a busca pela liberdade feminina, quebrando preconceitos acerta do autoconhecimento do corpo, bem como afastando mitos relacionados à saúde da mulher.

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Anamarya Rocha, ginecologista e sexóloga com área de atuação em estética íntima avançada, destaca que “a saúde feminina deve estar pautada não apenas no tratamento das doenças que acometem as mulheres, e sim, principalmente, na prevenção”. Para isso, a especialista pontua alguns cuidados que precisam ser tomados para a manutenção da saúde física, mental e sexual das mulheres; confira.

Cuidado físico

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Para melhor expectativa e qualidade de vida, a médica pauta a importância de manter os cuidados físicos, a partir de uma rotina de atividades físicas e alimentação saudável. “Essas práticas evitam ou adiam o aparecimento de muitas doenças crônicas, metabólicas e genéticas como diabetes, hipertensão e câncer”, explica.

Manter as consultas e os exames de rotina em dia também deve ser prioridade. “Mesmo que não existam queixas ginecológicas, é importante que a mulher procure seu(ua) ginecologista pelo menos uma vez por ano, a fim de manter uma rotina de cuidados ginecológicos em dia e prevenir o aparecimento de muitas enfermidades como o câncer de colo do útero e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Vale até mesmo para adiar a maternidade, caso não tenha objetivo de gestar”, detalha a médica.

Atenção à saúde mental

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Anamarya classifica que, atualmente, a saúde mental “é quase sinônimo de escassez, diante de tantos relacionamentos superficiais e ‘líquidos’”. Portanto, além de cuidar da saúde mental com profissionais especialistas na área, como psicólogos e psiquiatras, é importante se atentar às relações interpessoais. Afinal, o emocional está diretamente ligado à saúde geral.

Segundo um estudo publicado pela revista científica “The Lancet”, em fevereiro de 2022, uma em cada quatro mulheres sofreu violência doméstica ao longo da vida. Portanto, saber identificar um relacionamento abusivo é muito importante. Além disso, denunciar esse tipo de situação pode ser crucial para acabar com um ciclo que parece ser interminável.

A médica faz observações acerca de relacionamentos amorosos: “Escolher alguém compatível com sua rotina, necessidades, gostos e profissão pode ser impactante na qualidade de vida, pois essa pessoa certamente a apoiará nos momentos mais desafiadores, fazendo com que haja uma manutenção do seu equilíbrio físico e mental”.

Autoconhecimento íntimo

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O prazer também é sinônimo de saúde. A falta de desejo sexual, por exemplo, pode indicar algum problema físico ou emocional, enquanto manter uma vida sexual ativa – com ou sem parceiro(a) – pode promover benefícios como melhora da autoconfiança, alívio de ansiedade e estresse, fortalecimento dos músculos pélvicos e até prevenção de doenças cardiovasculares.

Contudo, o prazer feminino foi silenciado por anos, pontua Anamarya. Nesse sentido, ela comemora que atualmente, apesar dos tabus ainda referentes ao tema, muitas mulheres já entendem a importância e se sentem mais confortáveis para conhecer o próprio corpo.

“Explorar suas zonas erógenas ou de excitação sexual e entender o quanto o prazer pode te trazer benefícios físicos, mentais e sexuais é muito importante. Além disso, é autoconfiança e autoconhecimento”, ressalta.

A especialista destaca, ainda, a importância de usar a medicina a esse favor. “Atualmente, os tratamentos ginecológicos vão além do tradicional. Existe a tríade que é a ginecologia regenerativa, funcional e estética, que conta com um arsenal tecnológico, a fim de tratar queixas de mulheres de qualquer idade e com os mais diversos fins, passando por tratamentos tanto cirúrgicos como conservadores, para proporcionar melhora da qualidade de vida”, informa.

Por fim, a médica reforça que o conjunto dos cuidados pautados é fundamental para a saúde feminina e desperta, ainda, a autoestima e o equilíbrio em diversas áreas da vida. “Se você ainda tem algum desses cuidados deficientes em sua vida, aproveite esse mês de reflexão e homenagem ao ‘eu feminino’ para procurar ajuda e viver bem”, incentiva a ginecologista.