A chegada dos 30 anos é um marco além das três décadas completadas. A idade caracteriza, também, o declínio natural da produção de colágeno, favorecendo os sinais típicos do envelhecimento, como linhas de expressão e rugas, por exemplo. Por isso, nessa fase, os cuidados estéticos devem ganhar ainda mais atenção de quem se preocupa com esses aspectos.

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A escolha do método de cuidado com a pele pode influenciar a curto e longo prazo. Portanto, para resultados mais eficazes e duradouros, uma alternativa é o chamado banco de colágeno, que consiste em procedimentos que estimulam a produção dessa proteína fibrosa, responsável pela elasticidade da pele.

O dermatologista Luann Lôbo lista os principais procedimentos e tratamentos não cirúrgicos para esse quesito, conforme recomenda e realiza em suas pacientes atendidas na Human Clinic, uma das clínicas pioneiras em estética e bem-estar no Brasil, onde é diretor do núcleo de tricologia e corporal; as opções são:

  • Ultrassom microfocado: “Trabalha tanto a pele e a produção de colágeno quanto a musculatura, que também vai se modificando com o tempo e criando uma flacidez muscular”;
  • Laser: “O Fotona é uma boa opção e também temos na clínica. Ele também trabalha essa produção profunda  de colágeno e, inclusive, tem uma ponteira intra-oral que atua no rosto de dentro para fora em diversas camadas”;
  • Fios: “Temos e recomendo fios de PDO dos mais diversos tipos, como os espiculados (chamados de tração) e os lisos, que têm papel de reposicionamento tecidual de estimular a produção de colágeno”;
  • Bioestimuladores: “Os bioestimuladores que são substâncias injetáveis implantadas dentro da pele para o estímulo da produção de colágeno”.

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O especialista orienta não se limitar a apenas uma alternativa. “Muitas vezes, um bom protocolo inclui a associação de um, dois ou mais desses tratamentos, para que se tenha um resultado mais efetivo, natural e elegante, sem exagerar muito em uma coisa só”, justifica.

Suplementos orais e skincare podem ajudar?

Sabendo da queda natural da produção de colágeno, pode ser comum a busca por alternativas mais acessíveis, como suplementos orais e dermocosméticos de função anti-idade. No entanto, essas alternativas não substituem os procedimentos estéticos — somente agem como complementos.

Segundo Luann, suplementos orais de colágeno não têm capacidade de estímulo profundo da pele e dos tecidos, funções predominantes nos tratamentos estéticos recomendados por ele. “Os colágenos de via oral trabalham na qualidade, textura e hidratação da pele depois de um longo período de uso. Então, essa ideia de que a gente perde a proteína e reporemos com esses suplementos é equivocada”, pontua.

O médico garante que a “mesma lógica serve para o skincare”. Embora seja um cuidado essencial na rotina, os produtos tópicos também não atuam na produção profunda de colágeno. “Eles têm um papel superficial na pele, ajudando em questões como manchas, poros, textura, brilho e viço, mas não atuam na prevenção de flacidez e mudanças mais profundas decorrentes do envelhecimento”, explica Luann.

Vale ressaltar que, para conquistar os benefícios do skincare, é imprescindível se atentar aos compostos usados. Entre os principais ativos após os 30 anos, o especialista da Human Clinic destaca os agentes renovadores (ácidos) na rotina noturna. “Embora tenham nível superficial de estímulo da produção de colágeno, são opções interessantes para a renovação da pele. Gosto muito de retinol, ácido retinoico e alfa-hidroxiácidos. A escolha depende da característica de cada pele, se é mais sensível ou menos sensível, se é oleosa ou seca, por exemplo”, destaca, sugerindo pela manhã o uso de produtos antioxidantes, como a vitamina C.

O acompanhamento dermatológico é essencial para um envelhecimento saudável da derme, visto que somente um profissional capacitado poderá orientar as melhores alternativas de tratamento, conforme as especificidades de cada paciente.