O motorista de um carro que bateu nesta terça-feira contra a barreira de segurança do Parlamento britânico e feriu várias pessoas é suspeito de “terrorismo”, anunciou a polícia britânica.

Desde 2005, o Reino Unido sofreu vários atentados, em sua maioria cometidos em nome da jihad.

– Setembro de 2017: explosão no metrô de Londres

Em 15 de setembro, uma bomba de fabricação caseira explode na estação do metrô de Parsons Green e deixa 30 feridos. O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

– Junho de 2017: ataque perto de mesquita em Londres –

Em 19 de junho, de madrugada, um veículo se chocou contra a multidão que saía da mesquita de Finsbury Park (norte de Londres). Um homem que teve um ataque morreu no lugar do atentado e cerca de 10 pessoas ficaram feridas.

O agressor, Darren Osborne, de 47 anos, foi condenado em fevereiro de 2018 à prisão perpétua por “ataque terrorista” motivado pelo ódio aos muçulmanos.

– Junho de 2017: 8 mortos em Londres –

Em 3 de junho, à noite, uma van se lançou contra a multidão na London Bridge. Depois os seus três ocupantes, armados com facas, esfaquearam os pedestres no Borough Market, antes de serem mortos pela polícia. No total, oito pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas.

O EI reivindicou o atentado 24 horas depois.

– Maio de 2017: 22 mortos em Manchester –

Em 22 de maio, um jovem britânico de origem líbia explodiu uma potente bomba na saída de um show da cantora americana Ariana Grande em Manchester, noroeste da Inglaterra.

Vinte e duas pessoas morreram e 116 ficaram feridas, entre elas crianças e adolescentes. O atentado foi reivindicado pelo EI.

– Março de 2017: 5 mortos perto de Westminster –

Em 22 de março, um homem lançou o seu carro contra as pessoas que passavam pela Westminster Bridge e depois matou a facadas um policial em frente ao Parlamento.

O ataque, reivindicado pelo EI, deixou cinco mortos. Seu autor, Khalid Masood, um cidadão britânico convertido ao Islã, foi abatido pela polícia.

– 2015: estação de metrô de Leytonstone –

Em 5 de dezembro, Muhaydin Mire, de 30 anos, nascido na Somália, feriu duas pessoas com uma faca, uma delas gravemente, na entrada do metrô de Leytonstone, no leste de Londres, dois dias depois dos primeiros ataques aéreos britânicos contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) na Síria. O ataque foi qualificado como “terrorista” pelas autoridades. Mire foi condenado à prisão perpétua.

– 2013: morte de um soldado em Londres –

Em 22 de maio, dois londrinos de origem nigeriana atropelaram com seu automóvel Lee Rigby, um jovem soldado de 25 anos, no sudeste de Londres, para depois o esfaquearem e tentarem decapitá-lo. Em um vídeo filmado após a agressão, um dos assassinos declarou que queriam vingar “os muçulmanos mortos por soldados britânicos”.

– 2007: aeroporto de Glasgow –

Em 30 de junho, um carro-bomba cheio de botijões de gás se lançou contra o principal terminal do aeroporto de Glasgow, na Escócia, muito frequentado no começo das férias escolares, mas sem explodir. Um indiano que dirigia o veículo se queimou gravemente após ser pulverizado com combustível. Faleceu um mês depois. Seu parceiro, um médico iraquiano, foi detido. Em 2008 foi condenado à prisão perpétua.

Na véspera, dois carros Mercedes Benz repleto de barris de gasolina e pregos foram descobertos estacionados perto de Piccadilly Circus, no coração de Londres. Um problema de conexão no dispositivo detonador impediu que os carros explodissem, segundo os investigadores.

– 2005: ataque contra transportes londrinos –

Em 7 de julho, quatro atentados suicidas coordenados na mesma hora, em momentos de grande afluência de pessoas, em três linhas do metrô e um ônibus londrino provocou 56 mortes, entre eles a de quatro homens-bomba, e deixou cerca de 700 feridos. Um grupo, que se manifestou como integrante da Al-Qaeda, reivindicou estes ataques.

Quinze dias depois, a cidade registrou quatro atentados frustrados com um “modus operandi” similar, de forma coordenada e quase simultâneos também em três linhas de metrô e outro ônibus, mas as bombas de fabricação caseira não explodiram por um erro de cálculo em sua confecção.

Segundo a Justiça, as duas séries de atentados estavam relacionadas.