Primeiro-ministro polonês apoia retirada da Polônia do tratado sobre minas antipessoais

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse nesta sexta-feira (7) que é a favor de Varsóvia se retirar do tratado que proíbe minas antipessoais para aumentar as capacidades de defesa da Polônia diante da invasão russa da Ucrânia.

Em um discurso ao Parlamento, o chefe de Governo polonês pró-europeu disse que recomendaria “uma opinião favorável à retirada da Polônia da Convenção de Ottawa e, eventualmente, da Convenção de Dublin”.

“Estou me referindo às minas antipessoais e armas de fragmentação”, disse ele.

Pelo menos dois países da Otan, Finlândia e Lituânia, que compartilham uma fronteira com a Rússia, consideraram se retirar da Convenção de Ottawa nos últimos meses.

Segundo o primeiro-ministro, esta é uma decisão “nem divertida nem agradável”, mas a Polônia levará em consideração apenas suas próprias necessidades de segurança.

“Tudo o que puder fortalecer a defesa da Polônia será implementado por nós e usaremos todas as opções disponíveis”, disse Tusk.

A Lituânia, vizinha da Polônia, retirou-se na quinta-feira de uma convenção que proíbe bombas de fragmentação, citando preocupações de segurança relacionadas à Rússia, uma medida sem precedentes que tem sido amplamente criticada por organizações de direitos humanos.

A decisão faz da Lituânia o primeiro país a se retirar da convenção, adotada em 2008, e o primeiro na União Europeia a se retirar de um acordo multilateral de controle de armas.

Donald Tusk também disse que seu país está analisando “cuidadosamente” a proposta francesa de estender o escopo nuclear a outros países europeus. No dia anterior, em Bruxelas, Tusk descreveu a proposta como “muito promissora”.

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