O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu neste domingo (18) levar adiante a polêmica reforma judicial promovida por seu governo, que desencadeou uma onda de protestos no país.

“Vamos nos reunir esta semana e iniciar medidas práticas”, disse Netanyahu no início de uma reunião de gabinete em Jerusalém.

A reforma visa enfraquecer a autoridade da Suprema Corte e dar mais poder aos políticos na nomeação de juízes.

Desde a sua apresentação em janeiro, provocou grandes manifestações semanais com dezenas de milhares de pessoas.

No sábado, multidões se manifestaram em Tel Aviv e outras cidades do país pela 23ª semana consecutiva.

O Executivo defende que a reforma judicial servirá para equilibrar o poder entre o Parlamento e a Suprema Corte, instituição que a atual coalizão de governo, a mais direitista da história de Israel, considera politizada.

Os opositores, por outro lado, consideram que a reforma pode levar o país a um modelo iliberal ou autoritário.

Netanyahu anunciou uma “pausa” em 27 de março para dar uma “chance […] de diálogo”. Mas os dois principais líderes da oposição, Yair Lapid e Benny Gantz, abandonaram as discussões na quarta-feira.

As principais autoridades políticas do país culpam umas às outras pelo fracasso das negociações.

Netanyahu prometeu neste domingo prosseguir com o projeto “de maneira comedida e responsável”, mas não forneceu mais detalhes.

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