O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, iniciou nesta quinta-feira (3) uma visita de dois dias a Trindad e Tobago, onde pouco mais de 35% da população possui ascendência indiana.
É a primeira visita de Modi a este país desde sua chegada ao poder em 2014. Sua viagem pela América Latina inclui também paradas no Brasil e na Argentina.
Modi foi recebido no aeroporto que serve à capital Port of Spain por sua contraparte Kamla Persad-Bissessar, segunda primeira-ministra de ascendência indiana neste país, e seu gabinete.
O governante recebeu honras militares na pista, onde crianças lhe entregaram flores, um grupo agitava bandeiras indianas e uma banda tocava o ritmo típico do carnaval do país. Ele não fez declarações.
A agenda do premiê indiano em Trindad e Tobago inclui reuniões com Persad-Bissessar e com a presidente do país, Christine Carla Kangaloo. Ele também deve falar durante uma sessão conjunta do Parlamento.
Está prevista a entrega para Modi da mais alta honraria da nação caribenha, a Ordem da República de Trindad e Tobago (ORTT), e a assinatura de memorandos de entendimento com Persad-Bissessar, que promoveu a visita.
A relação entre Índia e Trindad e Tobago remonta a 1845, quando chegou o primeiro grupo de 225 trabalhadores indianos contratados como mão de obra para as plantações de açúcar e cacau após o fim da escravidão.
Entre 1845 e 1917, quando o contrato terminou, pouco menos de 145 mil indianos estavam instalados no país insular.
Hoje, são o principal grupo étnico desta nação de 1,4 milhão de habitantes, representando 35,4% da população, acima da comunidade negra, que soma 34,2%.
Organizações hindus em Trindad e Tobago trataram Modi como “herói” e celebraram a visita, embora associações muçulmanas tenham questionado a decisão de homenageá-lo, citando seu polêmico histórico de direitos humanos.
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