TÓQUIO, 7 SET (ANSA) – O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, anunciou neste domingo (7) sua renúncia ao cargo durante uma coletiva de imprensa realizada na última hora.
Sua saída chega em meio à pressão de seu partido, o Liberal Democrata (PLD), que o responsabiliza pela derrota eleitoral em julho no Senado, após ter perdido a maioria na Câmara dos Deputados no ano passado.
Segundo a imprensa local, a decisão de renunciar foi tomada na noite de sábado (6) depois de uma reunião com o ex-primeiro-ministro Yoshihide Suga e o ministro da Agricultura, Shinjiro Koizumi, ambos tidos como próximos a Ishiba.
O conselho de seus aliados seria evitar uma cisão dentro do PLD. Inicialmente, o premiê, que assumiu o cargo em outubro de 2024, negou qualquer iniciativa para realizar novas eleições para a liderança do partido, ameaçando dissolver a Câmara dos Representantes e convocar eleições antecipadas antes do término do mandato legislativo em 2027. Essa postura provocou forte reação dentro do partido.
Até então, ele havia rejeitado os pedidos de renúncia, concentrando-se em chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos.
“Com a assinatura do acordo e a assinatura do decreto presidencial pelo presidente [americano, Donald] Trump, superamos um obstáculo fundamental”, disse Ishiba durante a conferência, com a voz visivelmente emocionada.
“Gostaria de passar o bastão para a próxima geração”, finalizou o agora ex-primeiro-ministro japonês.
Político veterano, Ishiba, de 68 anos, conquistou a presidência do PLD em sua quinta eleição, mas a coalizão governista que liderava perdeu a maioria em ambas as casas do Parlamento. (ANSA).