O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe substituiu nesta terça-feira o ministro da Defesa, como parte de uma reforma em seu gabinete.

Itsunori Onodera, titular da pasta da Defensa desde agosto de 2017, deixará o cargo e será substituído por Takeshi Iwaya, de 61 anos, um veterano da política que já foi vice-ministro da Defesa e vice-ministro das Relações Exteriores.

O porta-voz do governo, Yoshihide Suga, que mantém o cargo, anunciou a formação do novo ministério, no qual permanecem em seus postos os ministros das Finanças, Taro Aso, e das Relações Exteriores, Taro Kono.

O ministro do Comércio e Indústria, Hiroshige Seko, e o ministro da Revitalização Econômica, Toshimitsu Motegi, também continuam em seus cargos.

A reforma ministerial foi definida após a reeleição de Abe como líder do Partido Liberal Democrático (PLD), o que abre o caminho para que ele se transforme no primeiro-ministro que passou mais tempo no cargo na história do Japão.

Depois de conquistar o terceiro mandato à frente do PLD, que está há quase meio século no poder praticamente sem interrupção, Abe prometeu levar adiante seu projeto de reforma da Constituição pacifista do Japão.

Iwaya assumirá o cargo em um momento de tensão com a Coreia do Norte, apesar das negociações em curso que visam uma desnuclearização.

Em um documento divulgado em agosto, o ministério japonês da Defesa classifica a Coreia do Norte de “ameaça grave e iminente”.

Entre as mudanças no governo está Satsuki Katayama, que assume o ministério do Desenvolvimento Econômico das Regiões, a única mulher do novo Executivo. O gabinete anterior tinha duas ministras.