Enquanto a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, apelava para que a guerra contra o Hamas terminasse ao lado de um caminho para uma solução de dois Estados no final da guerra, a liderança de Israel apresentou uma visão em desacordo com a da Casa Branca no domingo (21).

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reforçou numa mensagem de vídeo a sua determinação em não permitir o surgimento de um Estado palestiniano militarizado e completo.

“Não comprometerei o controle total da segurança israelense sobre todo o território a oeste do [rio] Jordão”, disse ele, ecoando comentários recentes.

“Enquanto for primeiro-ministro, continuarei a defender isto firmemente”, prometeu, se gabando de ter resistido à pressão internacional e interna ao longo dos anos para avançar em direcção a uma solução de dois Estados.

Netanyahu fez declarações semelhantes na semana passada, embora pareça ter tido o cuidado de não rejeitar categoricamente todas as formas de Estado palestiniano.

Na última sexta-feira (19), depois de uma ligação com o premier israelense, o presidente dos EUA, Joe Biden, declarou em uma coletiva que a criação de um Estado palestino independente seria possível, mesmo com Benjamin Netanyahu à frente de Israel.

Em dezembro de 2023, Netanyahu disse que não havia chegado a um acordo com o governo dos EUA sobre o futuro da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas desde 2006, quando o grupo venceu as eleições parlamentares.