Para chamar a atenção do primeiro-ministro francês Jean Castex, donos de lojas de lingerie na França se juntaram em um protesto contra o fechamento dos comércios em meio a medidas restritivas contra a Covid-19. Os empresários estão enviando calcinhas para o político pelo correio pedindo que reconsidere a regra.

Conhecido como “Action Culottée”, o protesto começou nas redes sociais e é descrito pelos organizadores como “uma ação bem humorada, mas acima de tudo simbólica!”. O movimento conta com o apoio de 480 comerciantes, que discutem e acompanham as regras criadas pelas autoridades através de um grupo no Facebook.

Segundo os argumentos dos empresários, roupas íntimas são essenciais. Eles ainda ressaltam que o governo já autorizou o funcionamento de floristas, cabeleireiros e livrarias, por exemplo.

De acordo com O Globo, uma das líderes da iniciativa foi Audrey Marie, dona da loja de peças íntimas Jolie Chose, em Venarey-les-Laumes. “Vestir roupas íntimas todas as manhãs não é algo para ser relegado a segundo plano, temos todo o direito para estar abertos”, afirmou ela em um vídeo postado no TikTok.

Outra participante do movimento é Aurélie Vidal Markocki, gerente de uma loja na cidade de Caveirac. “Enviei uma linda calcinha de renda vermelha. Um grande clássico, chique e atemporal!”, disse ela em entrevista ao jornal “Midi Libre”.

“Claro que vamos receber ajuda, mas enquanto aguardamos, devemos continuar pagando nossos encargos fixos e nossos fornecedores. Hoje, nossa situação financeira está se tornando realmente crítica”, pontuou Aurélie.

O “Action Culottée” afirmou que, ao menos 150 peças já foram enviadas ao primeiro-ministro, que ainda não respondeu os comerciantes.