O Cine Curta POA, festival dedicado à sétima arte brasileira, abriu sua primeira edição nesta quinta-feira (26), na Casa de Cultura Mario Quintana, em POA. Com expectativa de reunir mais de duas mil pessoas até domingo, o evento tem como principal objetivo democratizar o acesso à cultura, valorizar a diversidade e impulsionar a economia criativa.
O primeiro dia trouxe curtas que exploram temas como relações interpessoais e meio ambiente. Para o produtor cultural e idealizador do festival, Felipe Gomes, a seleção é “uma amostra da potência criativa do audiovisual brasileiro”. A diretora-executiva, Roberta Stefani, destacou que a curadoria foi pensada para “conectar o público a diferentes narrativas, mostrando a riqueza de temas abordados no formato curto”.
Entre os destaques, o documentário “Paulo e Eliana” emocionou os espectadores ao narrar a trajetória de um casal que enfrentou as limitações da poliomielite, transmitindo uma mensagem poderosa de superação e amor. Outros títulos exibidos incluíram “Asa Real”, “Lixo se Transforma”, “PiOinc” e “Falso Picadeiro”.
A obra “Falso Picadeiro”, dirigida pelo ator e diretor Allan Souza Lima, teve a presença do montador do audiovisual, Fabricio Cantanhede: “É um filme sensível e pesado que brinca com a relação do palhaço com o trauma, o que está por trás da máscara”, comenta. O curta explora o conceito de maquiagem e questiona as máscaras que usamos na sociedade, além de ser um processo de busca de si mesmo.
Outro curta de destaque foi “A Sinaleira Amarela”, de 2025, dirigido por Guilherme Carravetta De Carli. O filme, que explora segredos familiares em uma comunidade do interior do Rio Grande do Sul, chamou a atenção da espectadora Júlia Lenoghari. “A crítica me pareceu perspicaz e bem-humorada, abordando o funcionamento familiar de maneira reflexiva e provocativa”, afirmou Júlia.
À noite, o UP Food Art também recebeu sessões especiais com obras como “Além do Terno”, “Retomando Raízes”, “Correnteza” e “Água Demais: Um Documentário Experimental”, reforçando a proposta de levar o cinema a espaços não tradicionais.
As atividades do Cine Curta POA seguem nos próximos dias, promovendo um intercâmbio valioso entre artistas e público. O festival se firma como um espaço essencial para a exibição de novas produções e para o debate sobre o futuro do cinema nacional. O projeto é viabilizado pela Lei Paulo Gustavo, com apoio do Instituto Estadual de Cinema do RS (Iecine), do Pró-Cultura RS e da Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul, e conta com a realização da Striker Produtora.
Serviço
Cine Curta POA – 1ª Edição
O que: Festival de cinema com curtas-metragens brasileiros
Quando: 25 a 28 de setembro
Onde: Casa de Cultura Mario Quintana e UP Food Art
Entrada franca.
Sobre o Cine Curta POA
O Festival Cine Curta POA estreia em 2025 reunindo cineastas, produtores, atores e amantes do cinema em Porto Alegre (RS). Com programação diversificada, o evento valoriza a produção audiovisual nacional por meio de mostras competitivas, debates, oficinas e sessões especiais. A premiação dos melhores filmes será feita por júri e público, com troféus e incentivos à produção independente. Voltado também à formação de novos talentos, o festival busca consolidar Porto Alegre como polo cultural e estimular a circulação de narrativas diversas do cinema brasileiro. O idealizador e coordenador geral do festival é o cineasta Luis Felipe Gomes Oliveira.
A 1ª edição conta com realização da Striker Produtora, patrocínio do Double Tree by Hilton Porto Alegre, apoio da Associação dos Amigos da Casa de Cultura Mario Quintana, Casa de Cultura Mario Quintana, Ritter Hotéis, Up Food Art e Dirty Old Man. O financiamento é do Instituto Estadual de Cinema do RS (Iecine), Pró-Cultura, Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, Lei Paulo Gustavo e Ministério da Cultura – Governo Federal do Brasil, União e Reconstrução.
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