As autoridades da Faixa de Gaza relataram, neste sábado (23), a primeira morte devido ao novo coronavírus neste enclave palestino superlotado e submetido a um bloqueio israelense, onde houve um aumento das infecções nos últimos dias.

“Fadila Muhammad Abu Raida, de 77 anos, (…) morreu em quarentena no hospital de Rafah (sul) devido à infecção pelo novo coronavírus”, disse o Ministério da Saúde de Gaza.

Uma onda de infecções por coronavírus entre os residentes que retornam a Gaza mais que dobrou o número de casos na Faixa nos últimos dias, aumentando o medo de um surto maior.

O enclave conseguiu limitar o número de casos confirmados de COVID-19 a menos de 20, com suas fronteiras com Israel e o Egito fechadas para impedir a propagação da doença.

Mas nos últimos dias, cerca de 1.500 palestinos presos no Egito puderam retornar através da passagem de Rafah, enquanto um número menor foi autorizado a entrar de Israel.

Todos foram confinados, mas 35 novos casos foram confirmados entre eles, incluindo 25 na quinta-feira, anunciaram as autoridades, elevando o total para 55.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O diretor-geral da saúde, Yussef Abu al-Reesh, disse na quinta-feira que eles se misturaram com outros residentes que retornaram, inclusive em centros em quarentena.

As autoridades estão verificando se alguém se encontrou com pessoas do interior de Gaza antes da quarentena, acrescentou.

Nas últimas semanas, as medidas preventivas no enclave foram relaxadas e os cafés e restaurantes foram autorizados a reabrir.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias