Centenas de pessoas desfilaram nesta terça-feira no centro de Pristina por ocasião da primeira marcha do Orgulho Gay do Kosovo, preparada em segredo, constatou um jornalista da AFP.

Os organizadores pretendiam evitar, assim, qualquer incidente nesta sociedade patriarcal dos Bálcãs, onde 90% da população é de confissão muçulmana.

Junto aos membros da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transsexuais), desfilaram o presidente Hashim Thaçi, autoridades políticas de alto escalão e diplomatas, como os embaixadores de Estados Unidos e Grã-Bretanha.

“As organizações LGBT convidam a sociedade a erradicar a homofobia e a respeitar, de comum acordo com as instituições, os direitos da comunidade LGBT. A orientação sexual (…) não deve ser causa de discriminação”, afirmam os organizadores em um comunicado.

“O objetivo da marcha no centro de Pristina era caminhar por aqueles que não vieram já que estão cercados pela homofobia”, acrescentou o comunicado.

“Saí do armário, logo existo”, “Saia agora do armário, pergunte-nos como”, “Zona sem homofobia”, eram alguns dos cartazes utilizados no evento.

A Constituição do Kosovo proíbe qualquer discriminação contra os membros da comunidade LGBT, embora o casamento entre pessoas do mesmo sexo não seja admitido por lei.

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