Sucesso dos brasileiros, Lionel Messi – e sua canhota – ainda brilhando, resultados inesperados e gigantes que se despediram antes da hora: a fase de grupos da primeira edição da Copa do Mundo de Clubes deixou imagens para guardar na memória.
A seguir, uma seleção de cinco grandes momentos da nova competição da Fifa, que a partir deste sábado (28) entrará na fase de oitavas de final:
Quatro representantes, quatro classificados. O Brasil mostrou a força de seus clubes, que dominaram a Copa Libertadores nos últimos anos: sete títulos nas últimas oito edições.
Com poder financeiro incomparável no continente, o futebol brasileiro se fortaleceu atraindo estrelas de outros países sul-americanos e sem espaço na elite europeia.
Flamengo e Palmeiras lideraram seus grupos, à frente de clubes como Chelsea e o Inter Miami de Messi. Botafogo e Fluminense foram segundos, atrás de Paris Saint-Germain e Borussia Dortmund.
“Não adianta você ter um time de R$ 400, R$ 500 milhões. O futebol é decidido dentro do campo”, disse Renato Gaúcho, técnico do Flu.
Nas oitavas de final, o Flamengo enfrentará o Bayern de Munique e o Fluminense terá pela frente a Inter de Milão. Botafogo e Palmeiras farão duelo brasileiro, garantindo um representante do país nas quartas.
Messi completou 38 anos um dia depois de conduzir o Inter Miami às oitavas, na única classificação de um time dos Estados Unidos, sede do torneio.
O uruguaio Luís Suárez, artilheiro e participativo, foi fundamental no empate em 2 a 2 com o Palmeiras, que levou o time da Flórida para a fase seguinte como segundo colocado do Grupo A.
Mas Messi sempre foi Messi, e o jogo do time treinado por Javier Mascherano passava sempre pelos pés do camisa 10.
Na estreia discreta contra o Al Ahly (0 a 0), o astro argentino mudou o panorama do jogo no segundo tempo quase deu a vitória ao Inter ao acertar um chute no travessão nos acréscimos.
Na segunda rodada, em um dos grandes momentos da Copa de Clubes, Messi marcou de falta contra o Porto seu único gol na competição até aqui, e o time americano venceu por 2 a 1.
A próxima parada? No domingo, em Atlanta, contra o Paris Saint-Germain, seu ex-clube.
“Para nós é melhor quando Messi joga com raiva. Ele é desses jogadores que acrescenta muito quando está decidido”, advertiu Mascherano.
Viradas, goleadas, alta tensão, resultados inesperados… a Copa de Clubes foi palco de verdadeiros jogaços.
Alguns dos melhores jogos tiveram a queda de gigantes do Velho Continente, como a vitória do Botafogo por 1 a 0 sobre o PSG, no duelo entre campeões da América do Sul e da Europa, e a do Flamengo sobre o Chelsea por 3 a 1.
Mas houve outros jogos, de idas e vindas e tensão máxima, que tiraram o fôlego dos torcedores: Fluminense 4 x 2 Ulsan, Inter de Milão 2 x 1 Urawa Reds, Borussia Dortmund 4 x 3 Mamelodi Sundwons e Porto 4 x 4 Al Ahly.
“Todos os jogos são equilibrados, exceto por um ou dois. As pessoas se surpreendem, os times europeus perdem (…) Bem-vindos ao mundo real, meus amigos”, destacou Pep Guardiola, técnico do City.
Porto, Atlético de Madrid e RB Salzburg foram os times da Europa que voltaram mais cedo para casa.
A fase de grupos não foi fácil para a Argentina. Não só porque o Brasil, rival histórico, está cheio de orgulho, mas porque os times do país se despediram cedo da Copa de Clubes.
O Boca Juniors deu adeus de forma melancólica: empatou em 1 a 1 com o Auckland City, da Nova Zelândia, time semi-amador formado por estudantes, professores e corretores de imóveis.
Os ‘xeneizes’ foi eliminado sem conseguir ao menos uma vitória. Além de não conseguirem vencer o Auckland, com empataram em 2 a 2 com o Benfica e perderam por 2 a 1 para o Bayern de Munique.
“A imagem do último jogo não é boa”, reconheceu o técnico do Boca, Miguel Ángel Russo.
O River Plate, por sua vez, mostrou um futebol melhor contra o Urawa Reds (vitória por 2 a 1) e Monterrey (0 a 0), mas sucumbiu à Inter de Milão (derrota por 2 a 0) e não avançou às oitavas.
raa/ma/cb