Pouca gente sabe, mas sou uma pessoa esotérica.

Minha especialidade é uma técnica milenar criada em Dubai que consiste na leitura das manchas de colchão, mas também sou versado na leitura de pés, astrologia quântica, e tarô com figurinhas da Copa do Mundo.

Trago a pessoa amada em cinco dias.

Fecho corpo com trabalhos feitos em crochê.

Então, para começar o ano, decidi oferecer uma pequena amostra do meu trabalho para os leitores desta coluna, com algumas previsões para o ano que se inicia.

Vamos então às minhas previsões.

Como todos sabem, 2022 é o ano do Koala no horóscopo australiano.

Isso significa que será um ano tranquilo.

Na Australia.

Para nós que vivemos no outro lado do mundo, o ano será mais confuso que gaveta de mesa de cabeceira, lamento informar.
Na política, o ano começará com uma notícia bombástica.

Sergio Moro vai anunciar a sua chapa com Sabrina Sato para as eleições que se aproximam.

A consequência desta revelação é que nem os institutos de pesquisa não acreditarão nas suas próprias previsões.

Ainda em janeiro o Data Folha anunciará que a dupla vai superar qualquer prognóstico que tivemos até agora, ganhando do Lula ainda no primeiro turno.

Na economia, a inflação continuará ameaçando sair do controle, mas o ministro Paulo Guedes, em agosto, fechará um acordo com o Banco Central norte-americano

Tem mais.

O presidente Bolsonaro vai fazer as pazes com a mídia, principalmente com a Rede Globo, ato que será oficializado num abraço entre ele e William Bonner, em rede nacional.

Passará a fazer lives diárias, não mais apenas às quintas-feiras e nem pelo YouTube.

O programa, ao invés de contar com a participação de políticos anônimos, será o presidente entrevistado pela Angélica, porque Luciano Huck não vai aceitar seu convite.

O sujeito de libras continuará lá, firme e forte, mesmo com a suspeita de que lidera um grupo de milicianos surdos.

O programa terá tanta audiência que Silvio Santos vai premiar o presidente com o Troféu Imprensa de melhor comediante do ano.

Oportunista e sabendo não ter chances na eleição, o presidente Bolsonaro abandonará e política e passará a integrar o elenco do programa A Praça é Nossa no SBT.

Na economia, a inflação continuará ameaçando sair do controle, mas o ministro Paulo Guedes, em agosto, fechará um acordo com o Banco Central norte-americano para a criação de uma nova moeda: o Dólar Brasil, lastreado pelos investimentos do ministro nas ilhas Cayman.

Será considerado um herói nacional.

No esporte também teremos surpresas.

O Palmeiras vai perder a final do mundial do Chelsea F.C. por 6×0 e continuará sem mundial, o que resultará na concordata do time e milhares de torcedores brasileiros que foram assistir a final vão pedir asilo político, de vergonha de voltar para o Brasil.
A tão esperada Copa do Mundo não vai acontecer, sinto muito.

Mesmo assim, a Alemanha vai golear o Brasil novamente por 7 a zero num jogo beneficente.

Mas não vamos nos adiantar, pois existem muitas surpresas reservadas.

Em julho teremos, talvez, a maior revelação.

Extraterrestres vão posar em Washington e obrigarão a NASA a informar que a terra é realmente plana e que efetivamente vinham coordenando uma conspiração para convencer a humanidade de que o planeta era redondo.

Essa notícia vai pegar muito mal para as companhias aéreas de todo mundo, pois ficará provado que faziam parte do complô.

Como resultado, boa parte das empresas aéreas vai falir e voltaremos a viajar apenas de navio.

Como fica óbvio, o ano será cheio de surpresas mas pelo menos vai ser divertido.

Caso interesse, informo que atendo pelo Instagram e faço vídeos no TikTok.

Mediante o pagamento de um valor simbólico, faço previsões pessoais pelo WhatsApp.

Aceito pix.