Novo diretor do Conselho Econômico Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow afirmou acreditar que, no fim das contas, os Estados Unidos e a China chegarão a um acordo na questão comercial, com queda de barreiras dos dois lados. Segundo ele, os chineses estão fazendo coisas ilegais, inclusive pelos critérios da Organização Mundial de Comércio (OMC), como roubo de propriedade intelectual, tarifas elevadas e outras barreiras. “Tudo isso precisa ser discutido, negociado e finalmente alterado”, afirmou o economista, em entrevista à rede Fox Business.

O assessor de Donald Trump disse que o presidente americano sabe “perfeitamente bem que a economia funciona melhor quando as barreiras ao comércio são reduzidas, em vez de elevadas”. Kudlow admitiu que medidas retaliatórias de lado a lado não funcionam, com o tempo. “No momento, os EUA estão justamente temerosos com a China, claro, por transferências de tecnologia, hacking no espaço cibernético e tudo isso. Mas isso pode ser alterado e consertado e esperado que seja, porém tudo isso está sobre a mesa.”

Kudlow disse que haverá um processo de negociação e é normal que ocorram idas e vindas. Segundo ele, as “práticas ilegais de comércio” da China prejudicam o crescimento econômico dos EUA, da própria China e do restante do mundo.

O assessor de Trump disse também que é possível a economia americana crescer entre 3% e 4% e que vê sinais positivos nela, como o avanço nos gastos de capital, em parte ajudados pelo corte de impostos. “Nós estamos avançando na direção certa.”

Kudlow afirmou que o crescimento econômico não causa inflação, mas sim o excesso de criação de dinheiro pelo Fed. “O crescimento é maravilhoso, estamos aqui para ajudar isso e retirar barreiras, inclusive comerciais. Quero tirar barreiras comerciais, regulatórias, à energia”, prometeu.

Segundo Kudle, a maioria das pessoas no Partido Republicano e o presidente desejam que os cortes de impostos recentes sejam permanentes, bem como a redução no imposto de renda. Segundo ele, outras mudanças poderiam surgir no Legislativo, em uma possível segunda fase dos cortes de tributos.