O sargento da polícia militar Wagner Carvalho prestou queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro) denunciando ter sido vítima de ofensas racistas quando trabalhava em uma blitz da Lei Seca, de acordo com informações do G1.

Segundo a reportagem, o gerente de uma empresa multinacional Leonardo Fernandes Pontes, de 36 anos, foi preso em flagrante sob acusação de ter chamado o policial militar de “macaco”, e também de ter dito que o policial “não tinha nem direito a ter família” por ser negro.

Depois de parar Leonardo numa blitz na altura do número 13.701 da Avenida das Américas, o PM disse que perguntou ao homem se ele tinha ingerido bebida alcoólica, e que o motorista respondeu que não.

Mas, segundo o relato, ao ser levado para fazer o exame do bafômetro, Leonardo teria mudado a versão, admitindo ao PM que havia bebido. Em seguida, ele pediu “ajuda” a Wagner.

“Eu dei mais ou menos uns três passos e ele falou: ‘É isso mesmo o que a sua raça faz, só faz merda’. Eu pedi que ele repetisse o que ele havia dito, e ele permaneceu calado”, narrou o PM ao G1.

“Atrás da barraca, ele me chamou de macaco filho da… Algemei ele. E ele começou a xingar toda a equipe com palavras de baixo calão. Agrediu com chutes um agente civil da operação…. [Na verdade] Dois agentes civis na operação”, afirmou Wagner.

Ainda segundo o G1, no registro de ocorrência da 16ª DP consta que a frase de Leonardo foi a seguinte: “Preto não serve para ter família, você anda em árvores e come banana!”.