Preta Gil falou sobre a dor que sentiu ao descobrir a traição do ex-marido, o personal trainer Rodrigo Godoy, com sua stylist, Ingrid Lima, em abril deste ano. Na mesma época, a cantora seguia nas sessões de quimioterapia e radioterapia por causa de um diagnóstico de câncer no intestino no início do ano.

Já operada e com alta após 28 dias internada no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, ela segue em tratamento, mas segundo ela, em nenhum momento sentiu revolta.

“Eu sempre entendi que isso aqui tinha um propósito para mim, de melhorar como ser humano, melhorar como mãe, como avó. Eu sempre aceitei, desde o dia um. Nunca me revoltei, nunca me deprimi, nunca”, contou

Porém, para ela, o divórcio em meio ao tratamento foi o momento mais difícil – “e o mais cruel”.

“Isso é muito cruel. Foi muito difícil ter que viver muitas dores diferentes ao mesmo tempo. Mas hoje eu consigo entender que eu me curei de alguns cânceres. Não foi só um câncer, foram alguns cânceres [risos]. Então, está tudo certo, Deus sabe o que faz”, disse.

“Ainda não me curei dessa dor”

Ainda sobre a separação, a cantora falou que ainda não se curou dessa dor, mas que está cercada de amor e é isso que a ajuda a seguir.

“Não consigo mensurar em palavras a dor que eu senti. Que sinto até hoje, na realidade. Ainda não me curei dessa dor, não. É um processo. Mas estou cercada de amor, cercada de amigos, cercada da família. Eu acho que isso me ajuda muito a não cair, a não me deprimir”, revelou.

Além do câncer, Preta ressaltou que teve outros problemas de saúde, como ansiedade. Para ela, é “muito difícil aceitar” o que aconteceu.

“Eu leio as pessoas [comentarem]: “Ai, mulher, supera! Ai, meu Deus, já passou tanto tempo”. Primeiro que não passou tanto tempo, tem cinco meses. E, segundo que é fácil falar quando você não está vivendo na pele. É uma questão muito delicada”, falou.

A filha de Gilberto Gil ressaltou que se apega a histórias de mulheres que tiveram a mesma experiência que ela para superar.

“Essa coisa das pessoas comentando, isso não me abala muito, não. Eu me apego muito mais nas mulheres que passaram pelo mesmo ou em pessoas que dividem seus sofrimentos comigo que me ajudam a superar, a dividir. É muito amor, é muito apoio. Qualquer tipo de crítica é mínima e não me abala”, completou.