Pressionados e vivendo um ambiente de turbulência em razão dos maus resultados recentes, Botafogo e Fluminense se enfrentam no clássico deste domingo, às 16 horas, em busca de paz. O duelo é válido pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro e será no Engenhão.

Ambos viveram dias conturbados, com pressão, invasão de torcedores ao CT e pichações. O Botafogo, apesar de estar à frente do Fluminense na tabela – o time alvinegro tem 27 pontos e o tricolor, 22 – passa por uma pressão maior. O motivo são as três derrotas consecutivas que deixaram o time longe do G6. A fase é tão ruim que o último triunfo está perto de completar um mês: foi em 8 de setembro, quando derrotou o Atlético-MG por 2 a 1.

O elenco botafoguense teve de conviver com três protestos da torcida em quatro dias. Na terça, os muros da sede do clube em General Severiano foram pichados com frases como “Time sem vergonha”. No dia seguinte, um grupo de cerca de 15 torcedores invadiu o Engenhão para cobrar os atletas, que naquele momento, estavam treinando. Os ânimos se exaltaram e o técnico Eduardo Barroca se colocou como escudo para os jogadores.

Nesta sexta, outro grupo de torcedores, composto por aproximadamente 30 pessoas, resolveu entrar na sede de General Severiano para cobrar os dirigentes. Eles não encontraram nenhum integrante da diretoria no local, mas o episódio só deixou o clima no Botafogo ainda pior às véspera do clássico.

“Não podemos esconder que é um momento que incomoda, mas somos profissionais. Temos total consciência do nosso trabalho e da nossa dedicação. Vários clubes já oscilaram no campeonato, ficaram mais de cinco jogos sem vencer, com sequências de derrota e troca de treinadores. É natural a torcida cobrar resultados melhores – ressaltou o lateral Marcinho, convocado por Tite para os dois próximos amistosos da seleção brasileira.

Em campo, a tendência é de que Barroca escale a equipe no 4-4-2, com o zagueiro Carli de volta após se recuperar de lesão, o retorno de Marcinho à lateral direita – ele havia atuando improvisado no ataque – e a presença de Vinicius Tanque ao lado de Luiz Fernando na frente. Gilson, que cumpriu suspensão no último jogo, reaparece na lateral esquerda. O volante, Alex Santana, em contrapartida, continua fora por lesão.

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A exemplo de seu rival, o Fluminense também conviveu com protestos, cobranças e invasão de CT recentemente, mas conseguiu respirar com a vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio na rodada passada e viveu dias mais tranquilos na última semana.

No entanto, o time tricolor ainda não conseguiu se distanciar da briga contra o rebaixamento e precisa engatar uma série de triunfos para que o ambiente aparentemente tranquilo não se transforme em uma nova crise.

“A gente sabe que os clássicos são importantíssimos, tanto para nós quanto para a torcida. Esse ano, nossos resultados são ruins, estamos cientes disso, mas estamos trabalhando para reverter e temos uma oportunidade agora, contra o Botafogo”, salientou Caio Henrique. O meia, que tem atuado como lateral-esquerdo, vive um bom momento e foi convocado para a seleção olímpica.

Efetivado no comando do Fluminense na sexta-feira, Marcão comandará o time pela primeira vez desde que foi oficializado no posto de forma definitiva. O treinador foi exaltado pelo presidente Mário Bittencourt e tem o apoio dos jogadores, incluindo o meia Paulo Henrique Ganso, um dos responsáveis pela demissão de Oswaldo de Oliveira ao discutir com veemência com o treinador após ter sido substituído no duelo com o Santos.

Marcão terá os retornos dos zagueiros Digão e Frazan, que cumpriram suspensão contra o Grêmio. A tendência é de que o primeiro seja titular ao lado de Nino e o segundo deva ficar no banco de reservas. Com isso, Yuri Lima, improvisado na zaga na rodada anterior, volta para o meio. Ele disputa posição para saber quem joga ao lado de Allan.


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