O São Paulo recebe o Santos nesta quinta-feira, às 21 horas, no Pacaembu, com apenas seus torcedores presentes, em busca de uma vitória e um empurrão para o time se livrar das últimas posições no Campeonato Brasileiro. Um resultado positivo no clássico dá moral para a sequência da competição, mas um revés pode colocar o time em crise na temporada.

Ciente da importância do duelo, o técnico Ricardo Gomes optou por realizar o último treino no Pacaembu, com portões fechados e rodeado de mistério. O lateral-direito Bruno mais uma vez não treinou e deve dar lugar a Buffarini. Já o peruano Cueva, que retornou da seleção, será avaliado pela comissão técnica para saber se poderá atuar.

O momento do time é delicado e contrasta com o do Santos, que briga pelas primeiras posições do Brasileiro e, exceto pelas ausências do zagueiro Gustavo Henrique e do meia Vitor Bueno, machucados, terá todos seus titulares à disposição e vai ao estádio para complicar ainda mais a vida do São Paulo.

Apesar da promoção de ingressos da diretoria são-paulina, que colocou os bilhetes para o tobogã por R$ 10, a procura não tem sido grande e o público deve ser modesto para um clássico deste porte. “A gente não está em um momento bom para cobrar o apoio da torcida, mas espero que aquele que ama o clube possa comparecer. Espero que possamos dar uma resposta positiva”, afirmou o zagueiro Maicon.

Para ele, o time precisa da vitória de qualquer jeito e tem de entrar em campo com esse pensamento. “Um clássico pode te dar mais confiança ou te derrubar ainda mais. Entraremos em busca dos três pontos. É claro que o Santos está em uma posição melhor na tabela, mas clássico não tem essa de melhor ou pior, você não sabe quem vai ganhar”, avisou.

O duelo será no Pacaembu porque houve um acordo entre as diretorias dos clubes de fazer ambas as partidas pelo Brasileiro no estádio paulistano. Apesar de ser visitante, o Santos está acostumado a jogar no local e não perde há 14 jogos lá. Inclusive, o time fez 3 a 0 no próprio São Paulo no primeiro turno, quando tinha só santistas nas arquibancadas.

Até por isso, os jogadores acham que podem surpreender o rival no clássico desta quinta-feira. “Eu gosto do Pacaembu e não ligo para a torcida adversária. Quando tem torcida do Santos eu até olho, mas quando é só torcida adversária dá até vontade de jogar mais, porque eles ficam xingando e eu fico mais irritado”, comentou o lateral Zeca.