Apesar da forte pressão da torcida e de conselheiros do São Paulo para que o presidente Carlos Augusto de Barros e Lima demita o técnico Dorival Junior, o treinador tem boas chances de continuar no cargo pelo menos até o próximo domingo, quando o time enfrenta a Ferroviária em casa pela nona rodada do Paulistão.

O clima piorou depois da derrota para o Ituano por 2 a 1 na quarta-feira. A torcida foi ao CT pedir a demissão do treinador e conselheiros atuam nos bastidores do clube para tentar convencer Leco a fazer uma troca no comando técnico da equipe. Mas ainda há vozes importantes a favor de Dorival.

O treinador se reuniu nesta quinta com membros da diretoria, como sempre acontece após os jogos do time, e foi cobrado pelos resultados ruins e exibições abaixo do esperado da equipe. A tendência é que o treinador seja reavaliado após o desempenho da equipe diante da Ferroviária. Mais um voto de confiança.

A diretoria entende os argumentos da comissão técnica para o desempenho do início de ano, como o tempo escasso para treinos e falta de entrosamento do elenco que passou por reformulação. Mas precisa de resultados, e Dorival está ciente de que esta necessidade é urgente.

Conselheiros que participarão de uma reunião do presidente Leco com sua base de apoiadores no clube, no fim desta tarde, como adiantou o Estado, tentarão balançar as decisões da diretoria até aqui. Ainda que Dorival tenha votos importantes de confiança, a pressão deve continuar até o próximo jogo.

Por parte de quem pede a demissão de Dorival Junior, estão argumentos como a falta de padrão do time em campo, apostas do treinador nas substituições durante as partidas e uma suspeita de que o relacionamento dele com os atletas esteja desgastado por conta dos resultados ruins. As chances já dadas ao treinador de continuar seu trabalho após fortes oscilações também podem pesar contra Dorival.