A goleada da seleção chilena por 4 a 0 sobre o Japão foi encarada com alívio pelo técnico Reinaldo Rueda, mas também com um pedido de pés no chão. Após a estreia dos atuais bicampeões na Copa América, na noite desta segunda-feira, no Morumbi, o treinador apontou que o resultado deve ter importância psicológica para a sequência do torneio no Brasil, mas também ressaltou que há muito a melhorar na busca pelo terceiro título consecutivo do torneio.

“Nem agora somos uma super equipe, um ‘dream team’, nem antes éramos um desastre. Temos de assimilar com equilíbrio esse triunfo e que isso seja o suporte para o que teremos que encarar”, disse Rueda, lembrando que a seleção chilena passou a sofrer com questionamentos após fracassar na busca pela vaga na Copa do Mundo da Rússia, na sequência da conquista do bicampeonato da Copa América, feito histórico para a equipe.

O próprio Rueda é alvo de questionamentos na seleção do Chile, a qual assumiu no início de 2018, tanto que alguns torcedores vaiaram o seu nome quando do anúncio da escalação antes do confronto desta segunda no Morumbi. “O importante é ter equilíbrio e controle mental, assimilando esse triunfo com humildade”, comentou.

Rueda lembrou, ainda, que a seleção chilena superou o que classificou como “síndrome de campeão”, a dificuldade dos times vencedores da edição anterior de um torneio de começarem bem a campanha seguinte – em 2016, um ano após ganharem a Copa América em casa, os próprios chilenos perderam na estreia para a Argentina, embora posteriormente revalidassem o título. “Os atuais campeões normalmente estreiam mal. Assim, o desafio era que a síndrome do campeão não aparecesse hoje. E conseguimos”, celebrou o treinador.

Após golear o Japão, o Chile voltará a jogar na Copa América na sexta-feira, quando vai encarar o Equador, na Arena Fonte Nova, pela segunda rodada do Grupo C.