09/05/2020 - 8:43
A pressão sobre o governo de Angela Merkel aumenta para a suspensão o mais rápido possível dos controles nas fronteiras da Alemanha, sobretudo com a França, uma medida imposta em vários países para conter a propagação do novo coronavírus.
“Precisamos urgentemente abrir as fronteiras com a França”, afirmou o chefe de Governo do estado da Renânia do Norte-Westfalia, Armin Laschet, um peso pesado do partido conservador CDU e candidato à sucessão da chanceler em 2021.
“O confinamento deve acabar em 11 de maio na França”, declarou ao jornal Stuttgarter Zeitung. “Seria um bom momento para mostrar ao nosso vizinho que queremos uma resposta comum europeia na luta contra a pandemia”, completou.
Deputados da Assembleia Parlamentar Franco-Alemã, uma instituição binacional com integrantes do Parlamento dos dois países, também fizeram um apelo pela reabertura “imediata” das fronteiras.
“Os números da infecção diminuem e as diferenças entre as regiões estão menores: as medidas nas fronteiras não podem mais ser justificadas com a proteção da saúde”, afirmaram em um comunicado divulgado neste sábado, que também destaca as medidas de higiene e distanciamento social adotados pelos países.
“Após mais de sete semanas, as barreiras devem ser retiradas no coração da Europa”, exige o comunicado.
As restrições nas fronteiras, impostas em meados de março, permanecerão em vigor até 15 de maio. Estas medidas “ajudaram a conter a infecção” na Alemanha, justificou o ministro do Interior, Horst Seehofer, em uma entrevista ao jornal Bild. Na próxima semana o país deve anunciar a prorrogação ou não do dispositivo.
Há vários dias, muitas pessoas na Alemanha pedem o fim das restrições o mais rápido possível, tanto no lado conservador como entre os social-democratas, aliados no governo de Angela Merkel.
Os governos da Áustria e Luxemburgo também insistem para que a Alemanha abra totalmente as fronteiras.