Dois integrantes do grupo radical Estado Islâmico (EI) foram presos no Afeganistão por suspeitas de sua participação em um atentado em Cabul em setembro de 2018, no qual morreram 20 pessoas, disse nesta quinta-feira (14) uma fonte da área de segurança.

As autoridades acreditam que os dois homens são “membros do Daesh”, acrônimo árabe do EI, e suspeita-se que tenham “organizado e facilitado o duplo atentado e, por isso, foram presos”, disse à AFP uma fonte do serviço secreto afegão.

Em 5 de setembro ocorreu uma explosão na entrada de um clube de luta, no bairro xiita a oeste de Cabul. Quando estavam no local bombeiros e enfermeiras para ajudar os feridos, explodiu um segundo carro-bomba.

Dois jornalistas da emissora de televisão Tolonews foram mortos nessa segunda explosão.

Na semana passada, as autoridades afegãs anunciaram a detenção de três pessoas sob suspeita de terem participado do maior atentado na capital afegã desde a queda do regime talibã, em 2001.

“Três membros da rede (extremista) Haqqani foram presos” pelo ataque com um caminhão-bomba contra o bairro diplomático de Cabul e que deixou um balanço de 150 mortos e 400 feridos em maio de 2007.

As autoridades não descartam que esses três homens presos na semana passada também sejam responsáveis de fomentar o ataque contra a companhia britânica de segurança G4S, em novembro, que deixou 10 mortos.

Ao mesmo tempo, o porta-voz da polícia da província de Takhar (nordeste), Khalil Aseer, disse nesta quinta à AFP que um homem foi detido por sua participação no assassinato de dois jornalistas de rádio em Taloqan, em 5 de fevereiro.

De acordo com Aseer, as motivações desse assassinato ainda são desconhecidas.

Três jornalistas já foram mortos no Afeganistão desde o início de 2019.