Condenado à 20 anos de prisão em 2000 pelo assassinato da esposa, o ex-cirurgião plástico Robert Bierenbaum confessou pela primeira vez ter matado e atirado o corpo de Gail Katz para fora de um avião no meio do oceano.

A mulher desapareceu em 1985 e o corpo dela nunca foi encontrado. Bierenbaum passou mais de três décadas mantendo sua inocência. No entanto, em uma audiência do conselho de liberdade condicional, em dezembro de 2020, ele confessou o crime.

“Eu queria que ela parasse de gritar comigo e eu a ataquei”, disse Bierenbaum. A transcrição da audiência, obtida pela ABC News, foi divulgada nesta semana. Conforme o ex-cirurgião, ele a “estrangulou” até a morte.

“Eu fui voar. Abri a porta e tirei o corpo dela do avião sobre o oceano”, afirmou o condenado. Ele também disse ao conselho que matou a esposa porque era “imaturo” e “não entendia como lidar com sua raiva”, de acordo com a transcrição.

Embora o corpo de Gail nunca tenha sido encontrado, Bierenbaum foi considerado culpado de assassinato em 2000. Os promotores conseguiram garantir a condenação com base em evidências circunstanciais, apresentando uma teoria do que aconteceu com a mulher idêntica à confissão do médico.

“Eu estava tipo, ‘Puxa vida, você está brincando comigo?’”, disse um dos promotores, Dan Bibb. “Fiquei surpreso porque sempre pensei que esse dia nunca chegaria, que ele iria confessar, assumir a responsabilidade por ter matado sua esposa.”

Bierenbaum teve sua liberdade condicional negada. A próxima audiência está marcada para novembro. A família de Katz encontrou pouco consolo na confissão bombástica. “Este é exatamente o mesmo homem que conheci há 35 anos”, disse a irmã de Katz, Alayne Katz, à ABC News.

“Ele não mudou … ele é incapaz de um pingo de remorso”, desabafou a irmã da vítima.