Apontado como um dos comandantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), o preso Wagner Rodrigo dos Santos, 42, o “Branquinho”, é acusado pelo Ministério Público de São Paulo de ter movimentado US$ 13,6 milhões para os cofres da facção no período de 17 de outubro de 2018 a 27 de julho de 2019. As informações são do colunista Josmar Jozino, do Uol.

Os dados constam em uma planilha do PCC em poder do MP-SP, à qual o UOL teve acesso. Conforme o documento, metade das remessas desse dinheiro (US$ 6,8 milhões) foi autorizada por Branquinho quando ele já estava preso.

A defesa de Branquinho nega que ele integre a facção ou tenha feito movimentações financeiras na cadeia. O detento está preso desde o dia 12 de fevereiro do ano passado.

Ainda de acordo com a denúncia do MP, apresentada no último dia 26, as operações teriam sido feitas por meio de comunicações com visitas, advogados, correspondências e contatos com presos de outras unidades prisionais.

Após as acusações, o preso foi comunicado pela direção da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) de ter cometido falta grave na unidade. A SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) instaurou o Procedimento Interno Disciplinar 153/2020 para apurar o caso e aplicou punição de 30 dias de isolamento em cela especial.

No total, 19 pessoas foram acusadas pelo MP de integrar o PCC. Os promotores de Justiça apontam que juntos os denunciados movimentaram R$ 1 bilhão em pouco mais de um ano.